Vale do Lobo quer pôr todos a separar biorresíduos

Num primeiro momento, este serviço englobará 300 moradias, estendendo-se, em Novembro, a todo o resort

Por enquanto, já engloba todos os restaurantes e hotéis da zona e agora vai expandir-se também às moradias. A empresa municipal Infralobo tem um novo serviço que vai permitir, aos residentes em Vale do Lobo, separar em casa, sem custos, os resíduos orgânicos. 

Esta nova valência foi apresentada aos jornalistas na manhã desta segunda-feira, 31 de Julho, na sede da Infralobo.

O projeto piloto arrancou há cerca de mês e meio, a 12 de Junho, englobando 20 restaurantes e três hotéis, «todos os que fazem parte da nossa área de jurisdição», como explicou Carlos Manso, presidente da Infralobo.

Nesse período, já foi possível recolher «40 toneladas de biorresíduos, evitando que esse lixo fosse enviado para aterro», acrescentou.

E o que são biorresíduos?

Nestes novos contentores, podem ser depositadas sobras de alimentos cozinhados, pão, sacos de chá e borras de café, manteigas e queijos, cascas e ovos (crus e cozinhados), legumes, frutas (com ou sem casca, desde que não seja rija), folhas ou espinhas e ossos (até 15 centímetros).

 

 

Quem quiser começar a fazer esta separação, basta contactar a Infralobo (289 096 583 ou [email protected]). A empresa municipal dará um kit que contém um contentor, de 7 litros.

Esse contentor tem, de resto, um chip que serve para abrir os contentores de rua – a Infralobo instalou, até agora, 12. Além disso, haverá também, em dias específicos, a recolha porta a porta.

Segundo Carlos Manso, este projeto representa «mais um passo» na caminhada na Infralobo e vem no seguimento de «outros projetos como a recolha de resíduos seletivos», depositados nos ecopontos, que a empresa municipal já faz, em substituição da Algar.

«O projeto dos biorresíduos é um desafio porque vamos implementá-lo na época alta», reforçou.

«Sabendo que perto de metade do lixo produzido pelas famílias pode ser regenerado e aplicado, quer na agricultura, quer para aproveitamento energético, faz-nos acreditar que podemos, efetivamente, melhorar o nosso comportamento ambiental, enquanto comunidade, de uma forma extremamente simples», disse ainda.

 

 

Estes resíduos, onde se incluem também os resíduos verdes de jardins, podem ser transformados em adubo ou fertilizante natural, através da compostagem.

Esse produto pode ser usado como adubo orgânico na agricultura, jardinagem ou em hortas comunitárias, como a que Vale do Lobo tem.

De resto, a compostagem traz consigo vantagens como a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, ao evitar-se a decomposição de resíduos orgânicos em aterros sanitários e a redução da dependência de fertilizantes químicos para o solo e plantas.

Num primeiro momento, este serviço englobará 300 moradias, estendendo-se, em Novembro, a todo o resort. A estimativa é que abranja 3000 famílias.

De acordo com Carlos Manso, a Câmara de Loulé e mais duas empresas municipais (Inframoura e Infraquinta) também avançarão, em breve, com este serviço de biorresíduos – que, por exemplo, a Empresa Municipal de Água e Resíduos de Portimão (EMARP) e a Câmara de Silves já têm.

 

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