Algar contrata às empresas municipais de Loulé a recolha seletiva das embalagens recicláveis

Vítor Aleixo: novo sistema vai ser «uma resposta positiva, pela relevância turística desta parte do território enquanto motor económico do concelho»

A Algar, vai contratar, às empresas municipais do concelho de Loulé – Infraquinta, Inframoura e Infralobo – «apoio operacional para a atividade da recolha seletiva de embalagens recicláveis (papel/cartão, plástico/metal e vidro), que incluiu a disponibilização de equipas e viaturas», anunciou aquela empresa, responsável, na região do Algarve, pela valorização e tratamento dos resíduos sólidos urbanos.

Para isso, a Algar assinou, no passado dia 28 de Junho, um acordo de cooperação com a âmara Municipal de Loulé e as empresas municipais do concelho.

«Com o acordo agora firmado, as Infras, que asseguram a recolha dos resíduos indiferenciados no setor, denominado “em baixa”, passam, também, a ser responsáveis pela operação de recolha dos resíduos seletivos produzidos/depositados nos ecopontos e/ou envolventes, existentes nas suas áreas de intervenção, Vilamoura, Quinta do Lago e Vale do Lobo, bem como pelo serviço Algarlinha, destinado à recolha dos recicláveis produzidos nos estabelecimentos comerciais, garantindo, com perspetiva de melhoria, o nível de serviço praticado atualmente pela Algar», explica a empresa.

Segundo o presidente da Câmara Vítor Aleixo, «esta maior proximidade aos clientes, bem como uma maior cooperação entre entidades do setor, visa ser uma resposta positiva, pela relevância turística desta parte do território enquanto motor económico do concelho».

O objetivo, acrescentou o autarca, é promover «uma melhoria do serviço existente, assim como uma solução que permita aumentar os níveis de recolha de resíduos seletivos que, em 2020, rondaram os 16% no País (dados revelados pelo Barómetro da Reciclagem, referentes aos resíduos valorizados através de preparação para reutilização e reciclagem) e 26% na região Algarvia (dados cedidos pela Algar), quando as metas de reciclagem nacionais são de 55% em 2025».

Adelino Soares, administrador da Algar em representação dos Municípios, acrescentou que o objetivo da empresa com esta parceria «é melhorar a limpeza urbana, garantir um melhor serviço à população e estabelecer relações de maior proximidade com os clientes».

Para isso, «a Algar conta com o conhecimento e experiência das empresas municipais, que já operam no território e que estão disponíveis para conciliar esforços, de forma a satisfazer a necessidade de adaptação da atividade de recolha seletiva no concelho, tendo em conta a dispersão geográfica e o volume de produção de recicláveis, para um Algarve Ambientalmente mais sustentável», disse ainda Adelino Soares.

A Algar tem vindo a ser alvo de críticas dos municípios algarvios, que detêm 49% do capital da empresa, devido ao deficiente serviço de recolha seletiva de embalagens recicláveis (papel/cartão, plástico/metal e vidro).

Em alguns concelhos, as Câmaras Municipais, que são apenas responsáveis pela recolha dos resíduos urbanos indiscriminados, colocaram mesmo avisos nas ilhas ecológicas negando a sua responsabilidade pela deficiente recolha dos materiais para reciclar.

 



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