Portimonenses separaram mais resíduos e desviaram toneladas de restos de comida do aterro

A recolha seletiva dos restos de comida teve início o ano passado, em Março, numa área-piloto que abrange 13836 alojamentos

A EMARP (Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão) recolheu, em 2022, 29373 toneladas de resíduos indiferenciados e encaminhou 533 toneladas de resto de comida para a Central de Valorização Orgânica da Algar, responsável pela gestão e transformação desta matéria em fertilizante 100% natural.

«No que diz respeito à recolha seletiva multimaterial, durante o ano passado, comparativamente com 2019, período pré-pandémico, registou-se um aumento de 9,02%, com os portimonenses a separarem 2017 toneladas de plástico e metal, 2897 toneladas de vidro e 2612 toneladas de papel», diz a EMARP.

Apesar de Portimão ser um dos municípios algarvios que mais recicla, com uma taxa de 21,5%, «tem-se registado um aumento indesejável dos resíduos indiferenciados, encaminhados para aterro, que representam 78,5% da produção total de resíduos do concelho», acrescenta.

Combater o desperdício e desviar resíduos dos aterros, que requerem cada vez mais espaço e energia, com maiores custos ambientais e financeiros associados, é o objetivo principal do sistema de Recolha Seletiva de Orgânicos, assente nos princípios da circularidade.

Segundo a EMARP, a «implementação bem-sucedida do novo sistema depende da adoção do novo hábito que visa a separação dos restos de comida, que ocupam cerca de 40% do balde do lixo indiferenciado de cada alojamento e a correta deposição, sem saco de plástico, no contentor castanho destinado a essa categoria de resíduos».

Para este efeito, a EMARP continua a apelar à participação dos munícipes e a disponibilizar gratuitamente um balde de 7 litros para ser incorporado em cada habitação.

A recolha seletiva dos restos de comida teve início o ano passado, em Março, numa área-piloto que abrange 13836 alojamentos.

Durante os nove meses, o projeto possibilitou desviar do aterro 533 toneladas de restos de comida, provenientes de 5 instituições (IPSS), 17 escolas e 53 estabelecimentos comerciais, que aderiram ao sistema de recolha porta a porta.

No que diz respeito à recolha de proximidade estima-se, através do número de baldes de 7 litros entregues, o envolvimento de cerca de 1400 habitações.

Dos 144 equipamentos destinadas à recolha de orgânicos, instalados na via pública, junto a contentores de superfície e Ilhas Ecológicas, 10 unidades possuem um sistema de deposição inteligente, que já se encontra em funcionamento e permitirá, através de um dispositivo eletrónico de acesso controlado e leitura automática (RFID), criar informação para avaliar os resultados em função da qualidade, quantidade e características populacionais do município.

 



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