Rentrée cultural de Loulé traz teatro, dança, cinema, música, performance…e pensamento

Nova temporada de uma programação que  «promete retemperar os espíritos depois do Verão, com uma diversidade incrível de espetáculos de qualidade»

Noite de Reis – Foto: ©Pedro Macedo_Framed Photos

“Noite de Reis”, uma das comédias mais populares de Shakespeare, trazida pelo Teatro do Eléctrico, depois de ter esgotado salas em Lisboa, vai apresentar-se nos dias 9 e 10 de Setembro, no Cineteatro Louletano, abrindo a nova temporada de uma programação que  «promete retemperar os espíritos depois do Verão, com uma diversidade incrível de espetáculos de qualidade».

«Numa reinterpretação cómica e simultaneamente trágica, mas também ousada e provocadora, “Noite de Reis” promete não deixar ninguém indiferente», salienta a Câmara de Loulé.

A sessão de dia 10, às 17h00, conta com os recursos de acessibilidade de Audiodescrição e Língua Gestual Portuguesa.

Também no dia 10, às 10h00 e às 11h30, no Auditório do Solar da Música Nova, a Companhia Musicalmente traz os muito requisitados Concertos para Bebés. A proposta chama-se “Novo Solista, Lábios que Dançam” e dá protagonismo à harmónica e claro, aos bebés que são participantes (bem) ativos.

A 12 de setembro, às 21h00, retomam-se as sessões do ciclo de cinema “Filme Francês do Mês” no Auditório do Solar da Música Nova, com o filme “Just Kids”, uma comédia dramática que fala sobre uma tragédia e a forma de a ultrapassar, com a força e a energia da juventude.

A 14 e 15 de setembro, Tânia Farias dirige a Oficina “Vivência com a Tribo”, evento que é parte integrante do processo criativo de “Sobre Rosas e Margaridas”, pela Folha de Medronho, com estreia prevista a 19 de outubro pelas 21h00 no Cineteatro Louletano. As inscrições podem ser feitas através do email [email protected].

A 16 de setembro, arranca em Loulé o Festival de Artes Performativas pela Corpo de Hoje, com a peça “desdobrável”, um concerto de música improvisada no Auditório do Solar da Música Nova, às 19h00.

O espetáculo tem um número variável de elementos e assenta no conceito de criação sonora em tempo real, através de um processo baseado na importância dada ao momento em que cada som acontece.

Ainda a 16, mas no Cineteatro Louletano, às 21h00, a estreia de “Campo Força Chama”, uma peça de dança de Josefa Pereira que resulta de uma residência em Loulé, integrada no Projeto Casa, um novo programa de apoio à Criação Artística na área das Artes Performativas, que prevê residências de longa duração, bem como as respetivas antestreias, estreias absolutas e subsequentes apresentações.

O Projeto CASA, promovido pelo Cineteatro Louletano, O Espaço do Tempo e o Centro Cultural Vila Flor, é um estímulo à criação nas áreas da dança, teatro, performance e cruzamentos disciplinares e visa contribuir para o desenvolvimento e sustentabilidade dos criadores nacionais ou residentes em Portugal, incentivando a experimentação e renovação das linguagens de palco.

 

Jane Monheit com a OJA

 

A 17 de setembro, há teatro, com “Espanto”, no CECAL – Tempo das Artes, evento que é parte integrante do Festival de Artes Performativas pela Corpo de Hoje. “Espanto” é orientado para famílias, no domingo, às 11 da manhã, e é de entrada gratuita.

À tarde, às 17h00, no Auditório do Solar da Música Nova, há concerto do ciclo Ilustres Desconhecidos. São os “The Lemon Lovers”, uma banda pop que tem vindo a ganhar espaço na cena musical portuguesa.

No dia 21, quinta-feira, às 21h00, regressam as “Conversas à Quinta”, um momento em que o público pode tomar contacto mais de perto com artistas ou criadores que apresentam trabalhos no Cineteatro Louletano.

Desta vez, os holofotes incidem sobre os impulsionadoresdo Projeto CASA. A conversa terá como protagonistas Dália Paulo e Paulo Silva (Cineteatro Louletano), Pedro Barreiro (O Espaço do Tempo) e Rui Torrinha (Centro Cultural Vila Flor). A entrada é gratuita.

De 22 a 30, o Cineteatro promove uma oficina de Dança, inserida no Festival de Artes Performativas Corpo de Hoje. A oficina será na aldeia da Tôr, em Loulé, mais concretamente na Ponte Medieval e as inscrições podem ser feitas através do email [email protected] e os participantes irão integrar a performance, no dia 30, no mesmo local.

A 23, às 19h00, no CECAL – Tempo das Artes, novo espetáculo integrado no Festival. “Dois Irmãos”, de Alex & Pedro Russo, é uma performance-instalação sobre a memória como motor daquilo que somos enquanto indivíduos. Alex e Pedro (os dois irmãos) partem numa viagem em busca da reconstrução da memória perdida de Alex, redescobrindo e questionando o seu posicionamento filosófico no mundo que os rodeia. A entrada é gratuita.

No dia seguinte, a 24, um grande concerto com a Orquestra de Jazz do Algarve, que não vem “sozinha”. A OJA traz à cabeça Jane Monheit, cantora de jazz norte-americana que estudou na Manhattan School of Music e que ganhou o prémio Thelonious Monk International Jazz Competition, um dos prémios de referência mundiais na área do Jazz. Como é hábito, a direção de orquestra está a cargo do trompetista Hugo Alves.

De 26 a 28 de setembro, há oficina de Teatro, ligada à peça que chega a Loulé a 28 de outubro, “Noite de Verão”. Esta será a primeira parte da oficina, com enfoque na área da dramaturgia. É direcionada para as escolas secundárias do concelho de Loulé, com o objetivo de que os jovens façam transparecer as suas aspirações e preocupações na peça, criada pelo Teatro Nova Europa.

A 28 de setembro, às 18h00, a Companhia Amarelo Silvestre apresenta “Migrar”, uma performance em trânsito por Loulé que encara o caminhar não só como ação estética, mas também política. Algo que nos permite andar ao acaso e ir pelo caminho errado, sendo espectador e protagonista do nosso centro, do nosso lugar. As inscrições podem ser feitas pelo email [email protected].

 

A 29 de setembro, o Cineteatro Louletano promove uma outra oficina pelo Teatro Nova Europa, desta vez não para estudantes, mas para público adulto interessado por teatro.

A oficina “Critique” está dividida em três sessões, duas presenciais e uma online, em que o dramaturgo Luís Mestre partilhará o movimento de transformação do drama até à contemporaneidade, para depois dotar os participantes com ferramentas de análise crítica e teatral.

 

 

Após o visionamento do espetáculo “Se eu fosse Nina” (a 29 de setembro), haverá uma sessão final na qual os participantes colocarão em prática os conceitos e ferramentas abordados.

Quase a fechar setembro: teatro, com o espetáculo “Se eu fosse Nina”, de Rita Calçada Bastos, com interpretação da atriz Carla Maciel. Através de um trabalho de escrita e dramaturgia, Rita Calçada Bastos estabelece um diálogo de suposições e conjeturas entre uma Nina roubada aos textos ”A Gaivota”, de Anton Tchekov e ”Os Apontamentos de Trigorin”, de Tennessee Williams, e o imaginário da própria atriz.

“O que teria acontecido a Nina, se não tivesse ido viver para Moscovo, para um quarto de hotel entregue aos delírios da paixão por Trigorin?” A pergunta é o ponto de partida para um exercício a solo, no limite entre a ficção teatral e a realidade. “Se eu fosse Nina”, a 29 de setembro, pelas 21h00, contempla Audiodescrição, para pessoas cegas ou com baixa visão.

E no último dia do mês, o destaque vai para a dança, com a performance “Interferências vol.7”, de Ana Borges. Ana Borges abraça a relação da dança com espaços não convencionais, seguindo uma estética ligada aos movimentos de dança americana dos anos 60/70 do século XX, de coreógrafos como Trisha Brown e Yvonne Rainer, fazendo interagir dança e arquitetura, tendo associada a ideia de democratização do corpo e do espaço.

“Interferências vol.7” será exibida no âmbito do festival, na Ponte Medieval da Tôr, em Loulé, a 30 de setembro pelas 19h00, com música ao vivo.

Com uma programação de referência (que pode consultar no site e nas redes sociais do Cineteatro), o Cineteatro Louletano está credenciado pela Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, integrando ainda a Rede de Teatros com Programação Acessível e proporcionando espetáculos com interpretação em Língua Gestual Portuguesa para Surdos (com “S” maiúsculo são falantes de Língua Gestual Portuguesa) e outros com Audiodescrição, para pessoas cegas ou com deficiência visual.

O Cineteatro Louletano é uma estrutura cultural da Câmara Municipal de Loulé no domínio das artes performativas, e um dos promotores da Rede Azul – Rede de Teatros do Algarve e da Rede 5 Sentidos.

 

 



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