Coreto de Faro vai ter obras de requalificação

O projeto prevê a requalificação de todo o coreto, incluindo a cobertura e os WCs que estão na sua base

O Coreto de Faro, localizado no Jardim Manuel Bivar, vai receber, ao longo das próximas semanas, obras de requalificação. 

A empreitada, que custa cerca de 67 mil euros, tem um prazo de 60 dias e, segundo a Câmara de Faro, pretende «devolver a este espaço icónico a sua funcionalidade».

O projeto de restauro «vai incidir na recuperação da estrutura original deste imóvel com mais de um século de história», diz a autarquia.

A intervenção de requalificação prevê trabalhos de demolições, revestimentos, serralharias, loiças, torneiras, pinturas exteriores e eletricidade «neste imóvel de reconhecido valor cultural e inegável elemento identitário da baixa da cidade de Faro».

Projetado há mais de 130 anos, este imóvel foi ao longo de mais de um século alvo de várias intervenções, tendo algumas delas acabado por descaracterizar este elemento tão simbólico da baixa da cidade de Faro.

A autarquia pretende agora dar a este equipamento com evidentes sinais de degradação uma funcionalidade renovada e voltar a colocá-lo ao serviço da cultura, tornando-o novamente um palco a céu aberto capaz de receber diferentes manifestações culturais.

No âmbito dos trabalhos de diagnóstico e de identificação de anomalias no imóvel, foi verificado pela equipa projetista que a guarda da varanda apresenta cortes e remendos resultantes de uma intervenção inadequada, além de estar assente de forma intrusiva e danificadora.

No seguimento da investigação levada a cabo pela autarquia, constatou-se que esta intervenção de recurso foi efetuada para ampliação do coreto em 1915, por proposta do então vice-presidente da Câmara Municipal de Faro, de forma a receber “convenientemente” a banda regimental da época, em dias de concerto.

Neste contexto, o projeto de restauro vai incidir na recuperação da estrutura original do Coreto, tendo em conta que a ampliação efetuada não contribuiu para uma melhoria da sua função, traduzindo-se, ao invés, num fator de degradação devido à oxidação das peças e áreas envolventes e à fratura que as poleias produzem na pedra do embasamento.

O projeto prevê a requalificação de todo o coreto, incluindo a cobertura e os WCs que estão na sua base.

 



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