Magina quer mais videovigilância, Carneiro concorda com mudanças no processo

“Algarve Seguro” prevê um reforço de meios da PSP, GNR, SEF, INEM e Proteção Civil para a região durante a época alta do turismo. 

José Luís Carneiro em Faro – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

Magina da Silva, diretor nacional da PSP, defendeu, esta quarta-feira, 14 de Junho, em Faro, que é «fundamental ultrapassar alguns traumas do Estado Novo e do Big Brother» e «incorporar a videovigilância como uma ferramenta de segurança pública». O ministro da Administração Interna ouviu e também concordou que é necessário «tornar mais ágil todo o processo». 

O edifício da Região de Turismo do Algarve recebeu, na manhã de hoje, a tradicional apresentação do programa “Algarve Seguro” que, mais uma vez, prevê um reforço de meios da PSP, GNR, SEF, INEM e Proteção Civil para a região durante a época alta do turismo.

O momento contou com a presença do superintendente-chefe Manuel Magina da Silva, diretor nacional da PSP, que aproveitou para falar da importância da videovigilância para a segurança do país, dando como exemplo as agressões a um jovem nepalês, no passado mês de Fevereiro, em Olhão.

«O sistema de videovigilância foi mais do que suficiente para identificar os autores. Se não fosse esse sistema, não teríamos conseguido identificar tão rapidamente e de forma inequívoca os autores das agressões», disse.

Além de Olhão, Portimão é um dos dois municípios algarvios que já têm este sistema instalado, neste caso na Praia da Rocha. Faro também terá brevemente (a empreitada foi adjudicada em Março), bem como Vilamoura.

 

Magina da Silva - Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Só que os entraves atuais são uma barreira a que mais autarquias avancem, na opinião de Magina da Silva.

«O processo que temos de instalação é frustrante, resulta da lei, mas é um bocado kafkiano, com diversos intervenientes com visões diferentes, nomeadamente a Comissão de Proteção de Dados. Há muita matéria para melhorar», defendeu.

«É difícil explicar a um autarca que está disposto a apostar na videovigilância que, se tudo correr bem, em dois anos é o que processo está concluído», acrescentou.

É que, na visão do diretor nacional da PSP, «não podemos ter um polícia em cada esquina, mas podemos ter uma câmara em cada esquina e um polícia a olhar para as câmaras todas».

Questionado pelos jornalistas, o ministro da Administração Interna também defendeu que é necessário «desenvolver ainda mais os modelos de videovigilância», incorporando também «sistemas de alarmística» que permitam «dar um alerta precoce quando há elementos que podem indiciar risco».

Quanto ao processo, o ministro José Luís Carneiro concordou que tem de ser «mais ágil».

«Não é possível estar dois, três anos a aguardar por um despacho definitivo para termos o território com maior capacidade de segurança. É um trabalho que tem de ser feito por todas as instituições. Nós tentaremos desbloquear no que são competências nossas», garantiu o governante.

 

O ministro da Administração Interna – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Em relação ao Algarve Seguro, o ministro disse contar que o Verão seja… «seguro na região».

«É para isso que trabalhamos todos: Autoridade Nacional de Segurança e Rodoviária, Proteção Civil, Bombeiros, GNR, PSP, SEF, todos planearam o trabalho. O que o Governo fez foi mobilizar e reforçar os recursos de nível operacional e aquilo que desejamos é que este trabalho tenha agora os resultados que todos desejamos», disse.

De resto, a experiência do “Algarve Seguro”, programa que decorre já há alguns anos, tem dado tão bons resultados que será alargada a outras regiões, como Lisboa, Porto e algumas praias do resto do país.

Na prática, o que haverá é um reforço do «patrulhamento de proximidade e de visibilidade» também nestas localidades, até «meados de Setembro», no âmbito de um acordo de cooperação entre PSP e GNR.

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

 

 

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