GuadiMonte quer reflorestar 34 hectares em Castro Marim

O Projeto de Reflorestação da Área Degradada da Eira-da-Zorra – PRADE surgiu após o grande incêndio do Verão de 2021

Dar vida a 34 hectares da serra de Odeleite, em Castro Marim, que arderam em 2021. Este é o grande objetivo do projeto de reflorestação da cooperativa agrícola GuadiMonte, apresentado esta quinta-feira, 30 de Março.

O Projeto de Reflorestação da Área Degradada da Eira-da-Zorra – PRADE surgiu após o grande incêndio do Verão de 2021.

A missa é reflorestar a área «com espécies autóctones de crescimento lento, resilientes e tolerantes a ambientes secos, como é o caso da alfarrobeira, do medronheiro, do sobreiro e da azinheira», diz a Câmara de Castro Marim.

«A intervenção engloba também a recuperação das espécies arbóreas sobreviventes ao incêndio, nomeadamente as que integram o tradicional pomar de sequeiro Algarvio, e a beneficiação da rede de caminhos rurais, desenvolvida pelo município de Castro Marim», acrescenta.

Caberá à Universidade do Algarve a realização de ensaios, monotorização de espécies e testes de germinação/sobrevivência, «porque muita embora a experiência nos traga muito conhecimento, a verdade é que nós não sabemos tudo e há muitas coisas que têm falhado até aqui», sublinhou Valter Matias, da GuadiMonte, na apresentação.

Para acompanhar todo o processo no terreno, num projeto que deverá desenvolver-se até ao início do próximo ano, será criado um Gabinete Técnico Local de Apoio ao Desenvolvimento de Ações e Projetos de Combate à Desertificação, a partir da requalificação da antiga escola primária da localidade da Corte Pequena.

«O sucesso da iniciativa dever-se-á à alma e à entrega daqueles que aqui vivem, à cooperativa e à forte ligação de parceiros ativos, com particular destaque para a Universidade do Algarve, que saiu do seu campus e está regularmente a acompanhar o desenvolvimento das ações, desde a construção do furo ao estudo dos solos, e trará o lado científico a um projeto de desenvolvimento rural, que poderá vir a inspirar outros projetos a nível regional e nacional», disse a vice-presidente Filomena Sintra.

O PRADE representa um investimento total de 896.036,13 € (investimento elegível de 810.941,41 euros) sendo financiado pelo Programa COMPETE 2020, no âmbito do Aviso 13/REACT/2021, apoiado por Portugal e União Europeia, cofinanciado a 100% pelo FEDER.

A sessão contou com a presença de representantes dos parceiros do PRADE, a vice-presidente do Município de Castro Marim, António Baião, da CONFRAGI, e Carlos Guerrero, diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UAlg. Contou ainda com a presença de Elsa Cordeiro, vice-presidente da CCDR/Algarve.

 

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