Ala dos Namorados celebrou 30 anos de carreira com sala lotada em Loulé

A noite ficou marcada pela estreia dos temas do novo álbum mas também pelos velhos êxitos

35 anos da cidade de Loulé, 30 anos de carreira da Ala dos Namorados. A noite de 1 de Fevereiro no Cineteatro Louletano antevia-se repleta de emoções, o que se viria a confirmar. Uma sala lotada e uma plateia entusiasta para assistir ao primeiro espetáculo oficial da nova tour da banda, que assinala três décadas de existência, e ouvir a voz única do louletano Nuno Guerreiro, precisamente no dia em que Loulé celebrou o seu 35º aniversário.

E se, na véspera, o “Ensaio Aberto” da Ala que decorreu no Capitólio, em Lisboa, prometia bons momentos musicais, a noite de terça-feira foi mesmo arrebatadora, com Nuno Guerreiro, João Gil, Rúben Alves, Nelson Cascais, Luís Cunha e Alexandre Frazão a merecerem um aplauso efusivo do público algarvio, no encerramento do programa comemorativo do Dia da Cidade de Loulé.

A noite ficou marcada pela estreia dos temas do novo álbum, “Brilhará”, que sairá para a rua ainda este ano, incorporando músicas de João Gil e poemas de escritores e letristas eminentes da lusofonia como Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Fernando Pessoa, Maria do Rosário Pedreira, Zeca Baleiro e João Gil.

Mas foram também os grandes êxitos como “Loucos de Lisboa”, Solta-se o Beijo” ou “Fim do Mundo” que brilharam na voz do contratenor Nuno, com um registo vocal único na música nacional e até mesmo mundial, e que aqueceram o espetáculo.

Outro dos momentos altos da noite foi protagonizado por outra voz, a de João Gil, que cantou o inconfundível “Perdidamente”, um poema de Florbela Espanca eternizado musicalmente pelos Trovante, e que encantou a moldura humana que esteve no Cineteatro.

Depois desta estreia absoluta, a banda segue viagem nesta tournée comemorativa. O próximo concerto está marcado para 14 de fevereiro, no Casino da Póvoa, na Póvoa do Varzim.

A Ala dos Namorados foi criada em 1992 por João Gil e Manuel Paulo, tendo-se depois juntado a eles José Moz Carrapa e Nuno Guerreiro. Em 1994, a banda editou o álbum de estreia, homónimo.

Depois de algumas interrupções de atividade e mudança na formação, esta banda histórica da música portuguesa está de regresso para celebrar 30 anos de existência.

 



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