Algarve já tem 38 equipas de bombeiros de intervenção permanente, mas quer mais

Neste momento, a maioria das corporações de bombeiros do Algarve já tem três Equipas de Intervenção Permanente

O Algarve passou a contar, desde ontem, domingo, com 38 Equipas de Intervenção Permanente (EIP). Estas quase quatro dezenas de equipas eram as que já estavam destinadas a nascer, mas os responsáveis regionais de emergência e proteção civil querem criar mais, no futuro, de modo a reforçar a prontidão de todas as corporações de Bombeiros Voluntários da região, todos os dias e a qualquer hora.

A garantia foi dada ao Sul Informação por Vítor Vaz Pinto, comandante regional de emergência e proteção civil, à margem da cerimónia de assinatura do protocolo para a criação da 38º e, para já, última EIP que irá nascer na região, pertencente à Associação Humanitária dos Bombeiros de Faro Cruz Lusa.

A formalização desta equipa aconteceu no dia em que a corporação de bombeiros voluntários farense – a capital algarvia também tem uma corporação de Bombeiros Municipais -, celebrou o seu centenário, numa festa que contou com a presença de Patrícia Gaspar, secretária de Estado da Proteção Civil.

«Esta é a única que faltava protocolar, das 38 que já estavam previstas. A Câmara de Faro tinha ali um impedimento legal, que não lhe permitiu assinar o protocolo ao mesmo tempo das outras Equipas de Intervenção Permanente», explicou Vaz Pinto.

 

 

«Nós temos o objetivo de dotar todas as corporações de bombeiros com uma força mínima de intervenção profissional, para que possam responder prontamente, face às vulnerabilidades e riscos existentes no seu território, e não ter de estar a tocar a sirene, para juntar os elementos, para depois socorrer», acrescentou o comandante regional.

Foi esse objetivo que foi atingido em Faro, onde a nova EIP, a segunda da corporação, vem assegurar «uma capacidade de resposta sete dias por semana, 24 sobre 24 horas», segundo Jorge Carmo, comandante dos Bombeiros de Faro Cruz Lusa.

Nas restantes corporações algarvias, adiantou ao nosso jornal o comandante Vaz Pinto, também se está «a conseguir esse objetivo. Na maior parte das corporações de bombeiros do Algarve, nos já temos três equipas desta natureza».

 

 

Cada EIP tem cinco elementos, que recebem formação específica e têm que ter determinados requisitos para ingressar na equipa.

«Têm treino permanente e profissional e as suas capacitações são aferidas de forma regular», acrescentou.

Criar mais grupos de bombeiros deste tipo, algo que Vaz Pinto confirma ser uma intenção, depende, em grande medida, dos municípios, uma vez que o financiamento das EIP é garantido, em partes iguais (50%-50%) pelas Câmaras e pela administração central, através da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

«A entidade detentora do corpo de bombeiros não paga nada. Este projeto está orientado apenas para as Associações Humanitárias de Bombeiros», ou seja, para as corporações de bombeiros voluntários, concluiu Vítor Vaz Pinto.

Esta é também uma forma de garantir que os elementos das Associações Humanitárias de Bombeiros tenham acesso à profissionalização e a uma remuneração estável.

«Proporcionar carreiras dignas e justamente remuneradas aos nossos bombeiros deve ser o topo das nossas prioridades. É de capital importância a valorização dos recursos humanos», rematou Steven Piedade, presidente da agora centenária Associação Humanitária dos Bombeiros de Faro Cruz Lusa, que conta com 55 bombeiros.

 

 

 

Leia mais um pouco!
 
Uma região forte precisa de uma imprensa forte e, nos dias que correm, a imprensa depende dos seus leitores. Disponibilizamos todos os conteúdos do Sul Infomação gratuitamente, porque acreditamos que não é com barreiras que se aproxima o público do jornalismo responsável e de qualidade. Por isso, o seu contributo é essencial.  
Contribua aqui!

 



Comentários

pub