Alcoutim está a cumprir prazos «rigorosos» do projeto da nova ponte

Projetista da ponte está prestes a ser escolhido, revelou ao Sul Informação o presidente da Câmara de Alcoutim

Foto: Flávio Costa | Sul Informação

Alcoutim está a conseguir «cumprir os prazos deste rigoroso cronograma que temos» para levar a bom porto o projeto da nova ponte internacional sobre o Guadiana, entre esta vila e SanLúcar, em Espanha. Numa altura em que está para breve a escolha do projetista da ponte, Osvaldo Gonçalves mostra-se satisfeito com o andamento do processo, mas realça que a Câmara, a dona da obra, está a ter cuidado máximo, para que o processo não se atrase.

O cumprimento rigoroso dos prazos desta obra orçada em 9 milhões de euros é fundamental, uma vez que esta é uma intervenção que será paga, integralmente, pelo Plano de Recuperação e Resiliência, pelo que terá de estar concluída até 2026, sob o risco deste financiamento se perder.

Em declarações ao Sul Informação, o presidente da Câmara de Alcoutim revelou que, neste momento, estão a ser avaliadas as seis propostas apresentadas ao concurso para execução do projeto, que «terminou no dia 29 de Dezembro».

«Estamos em fase de apreciação dos projetos que nos foram entregues. O vencedor deverá ser conhecido no início de Fevereiro», revelou o edil alcoutenejo.

A ideia até era ter o vencedor escolhido antes da visita da secretária de Estado do Desenvolvimento Regional a Alcoutim, que acontece hoje, dia 26, à tarde. No entanto, a Câmara recusou-se a acelerar o processo para que isso acontecesse.

«Queremos fazer tudo com muito cuidado, certinho e direitinho, para não dar azo a que haja aqui quem se queixe e atrase o processo. Não queremos correr risco nenhum», disse.

Só assim será possível ter a obra no terreno em 2024, para que termine em 2026.

 

Local onde a ponte será construída – Foto: Flávio Costa | Sul Informação

 

Estes prazos apertados fazem com que este seja o projeto «que mais nos consome hoje, em termos de horas de trabalho», segundo Osvaldo Gonçalves.

Afinal, Alcoutim é uma Câmara de pequenas dimensões e, confessa o seu presidente, o facto de ter sido designada como dona da obra apanhou o executivo camarário de surpresa.

A partir do momento em que a ponte foi incluída no PRR, «houve todo o procedimento de elaboração do protocolo. Uma semana antes da assinatura do contrato fiquei a saber que iríamos nós ser os donos da obra, algo para o qual não temos estrutura e não estamos minimamente preparados».

«Fiquei com duas opções: ou assinava e assumia alguma dose de risco, para não dizer loucura [risos], ou então dizia que não e hoje não estávamos a falar da ponte, mas sim de outra tentativa falhada», contou.

Osvaldo Gonçalves decidiu avançar e não se arrepende.

«Temos estado, desde então, a desbravar terreno, sempre com uma participação imprescindível e sempre disponível da parte da CCDR – e faço justiça ao apoio incondicional que recebemos do dr. José Apolinário e do arquiteto Pacheco, que têm sido impecáveis», contou.

«Também tivemos de fazer os contactos com Espanha. Demorou o Ministério dos Negócios Estrangeiros a entrar nisto, porque enquanto não o fez, andámos a marcar passo. A partir do momento em que entraram no processo, as coisas evoluíram de forma muito rápida», acrescentou Osvaldo Gonçalves.

Entretanto, à «inestimável colaboração da CCDR» e ao «mérito do nosso gabinete técnico, que tem estado à altura de acompanhar o processo e merece todo o reconhecimento», juntou-se o apoio em consultoria de um gabinete de advogados contratado para o efeito e «uma prestação de serviços da Universidade do Algarve, que nos está a apoiar através do engenheiro Carlos Martins».

 

 

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