Portugueses sentem-se desconfortáveis quando realizam consumo com impacto negativo para o ambiente

Revela o Observador Cetelem Consumo Sustentável

Mais de metade dos portugueses (85%) assumem um sentimento de culpa ao comprar produtos embalados em plástico, quando consomem carne (76%) ou quando compram roupa nova (76%), revela o Observador Cetelem Consumo Sustentável deste ano. 

De acordo com a mesma fonte, a crescente consciência ambiental afetou o grau de conforto que os portugueses têm ​​com o seu comportamento enquanto consumidores, mas analisando por regiões, os inquiridos que residem nas regiões Centro (91%) e Norte (90%) sentem-se desconfortáveis com maior frequência em comparação com os residentes do Sul.

Comparando as faixas etárias, os dados revelam que os mais velhos, dos 65 aos 74 anos, tendem a sentir menor impacto em relação aos seus comportamentos de consumo. Contudo, existem outros grupos etários que aparentam sentir maior impacto quando fazem opções específicas. É o caso dos inquiridos, dos 18 aos 24 anos, quando compram produtos online (69%) e dos que têm entre, 25 e os 34 anos, quando compram um telemóvel novo quando ainda têm um a funcionar (68%) ou quando comem fast food (75%).

Os entrevistados, dos 34 anos 44 anos, admitem sentirem-se mais desconfortáveis quando dirigem um carro a diesel ou gasolina (83%). Já os dos 45 aos 55 anos, quando utilizam o carro em viagens em que podem optar por transportes coletivos ou viajar de bicicleta (69%).

Em relação ao consumo de carne, um em cada três inquiridos concordam que a redução do consumo de proteína animal poderá ter um impacto positivo na proteção do ambiente, sendo os inquiridos com idades entre os 18 aos 44 anos os que mais concordam com esta ideia.

Por outro lado, os consumidores mais velhos, dos 55 aos 64 anos (20%) e dos 65 aos 74 anos (19%), são os que estão mais reticentes relativamente a esta afirmação, assim como os residentes na região Centro (25%).

O estudo divulgado pelo Observador Cetelem revela também que 34% dos portugueses já reduziram o consumo de proteína animal nos últimos anos por motivos de proteção ambiental.

Sobre os planos futuros, 36% dizem que apesar de ainda não terem reduzido o consumo de proteína animal, pensam fazê-lo. Já 60% dos indivíduos assumem que não tencionam reduzir mais o consumo de proteína animal no futuro, nomeadamente, os mais velhos (69%), dos 65 aos 74 anos, e residentes no Centro do país (74%).

Em termos geográficos, o estudo observa ainda que os residentes da área metropolitana do Porto são aqueles que mais reduziram no consumo de proteína animal (57% Porto contra 33% Lisboa) e os que demonstram uma maior abertura para vir a reduzir esse consumo no futuro (55% Porto contra 37% Lisboa).

Comparando as restantes regiões, é visível que os portugueses que residem nas áreas metropolitanas estão mais predispostos a reduzir o consumo deste tipo de proteína.

 


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