Alunos de Portimão arrancam chorão na Ria de Alvor

Esta ação tem sido desenvolvida anualmente desde 2017

150 alunos das turmas do 8º ano do Agrupamento de Escolas da Bemposta (Portimão) participaram, esta terça e quarta-feira, 11 e 12 de Outubro, numa ação de remoção do “chorão-das-praias” (Carpobrotus edulis) na Ria de Alvor.

Esta ação tem sido desenvolvida anualmente desde 2017 por turmas do 8º ano do Agrupamento de Escolas da Bemposta, composto pelas EBS Bemposta, EB23 D. João II (Alvor) e EB Francisco Sobral (Mexilhoeira Grande), e este ano está inserida na SEIVA – Semana de Educação de Iniciativas e Voluntariado Ambiental, promovida pela Agência Portuguesa do Ambiente – Administração de Região Hidrográfica do Algarve.

Os 150 alunos que participaram nesta ação de remoção foram sensibilizados para as consequências da presença de espécies exóticas sobre a diversidade biológica nativa, ao mesmo tempo que foram promovidas as funções e os valores presentes nas zonas húmidas.

Após sete edições, as manchas de ‘chorão-das-praias’ no sistema dunar de Alvor, integrado no Sítio Natura 2000, foram praticamente removidas. No entanto, e devido à capacidade vegetativa e crescimento da espécie, será necessário nos próximos anos continuar a monitorizar este espaço e começar a remoção nas áreas limítrofes.

O ‘chorão-das-praias’ é uma planta não indígena (exótica), com origem na África do Sul, que não ocorre naturalmente no território português, tendo sido introduzida em Portugal para fins ornamentais e, mais tarde, cultivada para fixar taludes e dunas.

A sua capacidade de propagação e vigoroso crescimento vegetativo facilitou a rápida colonização e ocupação de vastas áreas, formando nalguns locais tapetes contínuos, que impedem o desenvolvimento e a sobrevivência da vegetação nativa.

Por isso, e de acordo com o Decreto-Lei nº 565/99, de 21 de Dezembro, que regula a introdução de espécies não indígenas da flora e fauna, é considerada uma espécie invasora, representando a segunda causa mais importante de perda de biodiversidade em habitats naturais.

 

 



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