Já criaram duas associações e querem ajudar a integrar o grupo de trabalho do Centro de Competências para a Dieta Mediterrânica e a revitalizar espaços do Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT). O movimento de cidadãos que nasceu em 2020 para defender o CEAT, não desapareceu e tem muitos projetos na manga.
Estas ideias estão a ser propostas por duas associações, criadas por cidadão que aderiram ao movimento: a Ecotopia Activa e a Associação Al-Bio.
As duas estruturas «têm desenvolvido múltiplas iniciativas ligadas à sustentabilidade na região. Têm estado ativamente empenhados em contribuir para melhorar as condições da agricultura regenerativa e agroecológica e na defesa da preservação do património natural do Algarve», revelam as associações num comunicado conjunto.
Além de terem apresentado «várias propostas às entidades competentes», a Ecotopia Activa e a Al-Bio querem agora «integrar o grupo de trabalho do Centro de Competências para a Dieta Mediterrânica».
As associações também esperam poder «recuperar e dinamizar três espaços do CEAT, tendo já projetos para várias componentes a integrar no novo Polo de Inovação da cidade. Um dos projetos prevê a criação de um espaço para formação em agricultura biológica, a criação de um entreposto agrícola e a edificação de uma cozinha partilhada para a transformação de produtos aliados da Dieta Mediterrânica».
«Tivemos já a oportunidade de apresentar propostas detalhadas para o Entreposto, Cozinha Partilhada e Centro de Formação do CEAT. O objetivo é ajudar a desenvolver a agricultura biológica na região e contribuir localmente para a valorização e divulgação da Dieta Mediterrânica», revelou Inês Mesquita, presidente da Associação Al-Bio.
«Acreditamos que os movimentos de cidadania são cruciais para o desenvolvimento local e regional e queremos continuar a ser uma voz participativa e construtiva. Durante a pandemia, dinamizámos múltiplas iniciativas amplamente valorizadas pela comunidade, designadamente, a organização de fóruns de debate, a implementação inicial de hortas comunitárias em Tavira – que resultou no projecto SEMENTE -, e a promoção de visitas de estudo temáticas vocacionadas para as problemáticas da sustentabilidade», segundo Ângela Rosa, presidente da Associação Ecotopia Activa.
Também foram realizados «vídeos tutoriais agrícolas e séries documentais sobre o Posto Agrário, num projeto inédito que deu a conhecer a memória de um espaço emblemático, neste momento sub-aproveitado».
Entre os membros das duas associações «estão vários produtores de produtos biológicos regionais, mas também agrónomos, investigadores, engenheiros e professores universitários, entre outros».
«A Dieta Mediterrânica é, atualmente, um dos mais relevantes contributos para a preservação ambiental e prevenção das alterações climáticas, bem como precursora de modelos de agricultura sustentável e alimentação saudável. (…) Os pequenos e médios produtores da associação Al-Bio podem contribuir decisivamente para que produtos que compõem a Dieta Mediterrânica estejam disponíveis em elevada qualidade biológica e em regime de proximidade», segundo as associações, que lembram que Tavira se prepara para receber mais uma edição da Feira da Dieta Mediterrânica.
As duas associações estão também a aceitar novos associados e os interessados podem inscrever-se aqui. ou nas páginas de Facebook da Ecotopia Activa e da Al-Bio.
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