Partido Ecologista Os Verdes nos distritos de Évora, Beja e Faro

Campanha vai passar por Beja, Mora, Vendas Novas, Odemira, Monchique e Lagos

O Partido Ecologista Os Verdes (PEV), que nas mais recentes Eleições Legislativas deixou de ter representação parlamentar, vai estar, de 12 a 16 de Julho, nos distritos de Évora, Beja e Faro, no âmbito da sua Campanha Nacional S.O.S. Natureza.

Trata-se de um roteiro pelo Sul do País promovendo ações concretas junto de populações, de entidades, de associações, envolvendo os coletivos do PEV e os eleitos dos Verdes.

Segundo o PEV, «a Campanha Nacional S.O.S. Natureza, que está a percorrer o País até ao final do ano, quando Os Verdes completam 40 anos de lutas pelo Ambiente e pela Natureza, pretende denunciar o acelerado declínio da biodiversidade, a degradação dos habitats e a sucessivos atentados ambientais no nosso território».

O partido adianta que «são muitas e diversificadas as iniciativas previstas, em que se destaca a recolha de assinaturas num postal dirigido ao Primeiro Ministro, exigindo que trave projetos destrutivos dos habitats e da biodiversidade, como a exploração de lítio, a cultura superintensiva de olival ou amendoal, entre outras, as estufas intensivas, construções da orla costeira, a destruição da floresta autóctone, que reverta a municipalização em curso das áreas protegidas, e que sejam tomadas medidas para atenuar os efeitos da seca, recordando que é urgente que se promova o restauro dos ecossistemas».

Destaque-se ainda um outro postal, que «será dirigido ao Secretário-Geral das Nações Unidas para pressionar o Governo de Portugal no sentido de garantir a proteção e defesa incondicional da Natureza».

A campanha SOS Natureza assinalará, «com bandeiras negras, 40 pontos negros que afetaram a Natureza, relembrando-os ou denunciando-os, porque infelizmente continuamos a assistir a graves e incontroláveis ataques à biodiversidade».

Este roteiro passará pelos distritos de Évora, Beja e Faro onde serão abordados «temáticas tão diversas como as culturas intensivas, o bem-estar animal, os transportes públicos, a situação de seca, a orla costeira, a água pública, o património arqueológico, a floresta, entre tantos outros que se vão interligando e não podem ser dissociados».

«A SOS Natureza pretende dar visibilidade à realidade local, sentida pelas populações e abordada nos diversos relatórios nacionais e internacionais que referem que a perda de biodiversidade é um fator preocupante que provoca desequilíbrios ecológicos, com profundos impactos nas nossas vidas, como as alterações de condições necessárias à prática de uma agricultura saudável, a cada vez menor disponibilidade de variedades agrícolas, ou o surgimento de pragas, doenças ou pandemias descontroladas, tendo sempre em atenção a necessidade da mitigação das Alterações Climáticas», acrescentam Os Verdes.

Muitos fatores, «como a agricultura intensiva e o consequente uso excessivo de agroquímicos, a destruição de habitats, a desflorestação, a urbanização de muitas áreas e as alterações climáticas, são apontados como as principais causas de destruição de diversidade biológica», sublinha ainda o PEV.

Em Portugal, «acresce a degradação das áreas protegidas, por falta de meios humanos, materiais e financeiros e também pela falta de uma estratégia coesa e integrada de conservação da natureza, intensificada por uma recorrente dualidade de interesses entre a construção privada e os valores naturais».

Por isso, conclui o PEV, «é urgente lutar pela defesa do Ambiente, pela preservação e conservação da natureza, pelo direito a viver num país ambientalmente seguro e equilibrado».

 

 

 



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