Loulé: Exército reforça patrulhamento para prevenir incêndios no concelho

Até 30 de Setembro

O Regimento de Infantaria nº 1 do Exército português junta-se, uma vez mais, ao dispositivo municipal de combate a incêndios florestais do concelho de Loulé para aumentar a prevenção. 

O protocolo entre a força de segurança e a autarquia foi celebrado esta semana e permitirá apoiar a presença de militares nas zonas do interior, tendo em vista a defesa do património natural e humano.

«Estabelecemos este protocolo todos os anos para ajudar as autoridades locais; são os municípios que nos pedem para complementarmos as suas patrulhas normais feitas pela GNR e pela Proteção Civil», explica João Henriques, coronel de infantaria do Exército.

Na operação conjunta, os trajetos são definidos pela entidade coordenadora, estando a equipa do Exército em permanente contacto com o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve e o Serviço Municipal de Proteção Civil de Loulé. Como em anos anteriores, o perímetro de ação dos militares cobre grande parte do interior serrano, até áreas rurais e agrícolas do Barrocal a sul da EN 270.

«A presença dos militares no terreno, sobretudo durante a noite, contribui não só para dissuadir, mas também para prevenir algum foco de incêndio, até porque “no caso de um avistamento, será mais rápido o combate aos incêndios2″», frisa a autarquia em nota de imprensa.

Além da vigilância, o Exército irá contribuir para sensibilização, informação e apoio às comunidades locais.

«Não andamos sempre de binóculo na cara pois também fazemos o contacto com a população, as pessoas que moram mais isoladas, as mais idosas. Complementamos toda a ação de patrulhamento com uma proximidade com a população», sublinha João Henriques.

No Algarve, além de Loulé, o Regimento de Infantaria nº 1 atua também em Monchique, Tavira e S. Brás de Alportel. No total conta com cerca de 30 homens –  com quatro patrulhas distintas.

«Estas equipas fazem a irradiação dos movimentos de vigilância e depois os militares são substituídos ou rendidos em períodos estabelecidos, mais ou menos de uma semana entre cada um, e vamos assim renovando as pessoas para não ficarem cansadas no mesmo sítio», diz ainda o coronel.

No âmbito deste protocolo, o patrulhamento terrestre poderá ser ocasionalmente substituído por patrulhamento aéreo. O período de vigilância decorre entre 1 de Julho e 30 de Setembro, mas, caso se justifique, o prazo poderá ser prorrogado.

Da parte do Município, o vereador Carlos Carmo salienta os bons resultados que este protocolo tem dado ao longo dos anos.

«O Exército tem tido um papel relevante no dispositivo municipal de defesa da floresta contra incêndios. As ações de vigilância realizadas aumentam consideravelmente a nossa capacidade de resposta. Sabemos bem que neste momento crítico não podemos baixar a guarda e é isso também que estamos a fazer através da celebração deste protocolo», afirma.

O concelho de Loulé é o maior do Algarve e estende-se por cerca de 763 quilómetros quadrados. «40% do total corresponde a área de perigo florestal muito elevado, enquanto que 51,3% do território é classificado como área protegida», refere ainda a autarquia.



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