Incêndio: «O ponto crítico é, de facto, a Quinta do Lago» [com fotos e vídeos]

Fogo tem duas frentes, sendo a mais preocupante a que está a afetar a urbanização de luxo já no concelho de Loulé

Nas imediações da Quinta do Lago – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

A Quinta do Lago é, neste momento, «o ponto crítico» do incêndio que, tendo deflagrado ontem à noite na zona de Gambelas (Faro), junto à Universidade do Algarve, acabou por progredir para o vizinho concelho de Loulé, disse o comandante regional Richard Marques.

Vivendas e escritórios, nomeadamente os da empresa municipal Infraquinta, naquela urbanização de luxo, estão a ser evacuados, de forma preventiva, enquanto as chamas estão a consumir sobretudo os jardins das casas e das zonas públicas.

Apesar de, há minutos, Richard Marques, comandante operacional distrital, ter dito que, das duas frentes, uma delas está em vias de ficar consolidada, estão a verificar-se projeções, uma mesmo junto à mata de pinheiros mansos do campus de Gambelas do UAlg, onde, aliás, o Sul Informação tem a sua redação, como se pode ver neste vídeo:

 

O comando operacional acabou por ter de mobilizar meios para combater as chamas nesta zona, situada na primeira frente, junto à vedação do campus de Gambelas.

O fogo, que já tem um perímetro de 8 quilómetros, está a ser combatido neste momento por 282 operacionais, apoiados por 102 veículos, dos quais duas máquinas de rastos, e quatro meios aéreos: dois aviões anfíbios Fireboss, um helicóptero pesado Kamov e um helicóiptero ligeiro. Os aviões estão a abastecer-se na ria, em zonas definidas pela Autoridade Marítima Nacional, enquanto os helicópteros estão a abastecer-se no lago da própria Quinta do Lago.

Richard Marques disse há pouco, no ponto de situação a meio da manhã, que este lago está «muito próximo do local do incêndio, o que confere aos meios muita eficácia na sua capacidade de extinção» do fogo. 

 

 

Até agora, segundo este responsável, já foram deslocadas 20 pessoas, a sua maioria do acampamento ilegal de autocaravanas e as restantes de casas da Quinta do Lago.

Os meios foram «preventivamente colocados durante a noite» naquela zona, para «salvaguardar as habitações das pessoas e garantir que não está ninguém na zona de risco», acrescentou. 

Apesar de todos os esforços e do ataque musculado que foi feito logo ontem à noite, mal o fogo se declarou, Richard Marques sublinhou que «com um perímetro desta natureza, com as condições no terreno e as condições meteorológicas atuais, o combate não está fácil, há inúmeros desafios e são esses que estamos a tentar ultrapassar».

 

Fotos: Pedro Lemos, Hugo Rodrigues e Mariana Carriço | Sul Informação

 

 

 

 

 



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