Maio: Cometa Haley provoca uma chuva de estrelas e a Lua terá um eclipse

Céu a sul pelas 4h30 da madrugada de dia 16. Igualmente é visível a posição da Lua nas madrugadas de dia 23 e 25 e o radiante da chuva de estrelas Eta Aquáridas (imagem adaptada de Stellarium)

Nesta altura do ano, voltamos a cruzar-nos com as pequenas rochas e poeiras perdidas pelo cometa Haley, as quais parecem surgir de uma parte do céu (o radiante) muito próxima da estrela Eta da constelação do Aquario. O pico da chuva de estrelas Eta Aquáridas irá ocorrer na madrugada de dia 5, sendo de contar, em condições de observação ideais, até três dezenas de meteoros por hora.

O quarto crescente terá lugar na madrugada de dia 9, enquanto a Lua Cheia dar-se-á pelas 5h15 de dia 16.

Como esta última efeméride irá suceder na zona da umbra da terra (região donde a luz do Sol é completamente tapada pelo nosso planeta), haverá lugar a um eclipse lunar total.

No entanto, como esta efeméride terá início pelas 2h30 da madrugada (hora continental) apenas será observável na íntegra nas ilhas do Corvo e das Flores.

Em Portugal continental, este eclipse será visto apenas até ao final da fase total (fase em que a lua apresenta uma cor avermelhada, devido à luz dispersada pela atmosfera terrestre), altura em que se irá pôr.

Entre as madrugadas dos dias 16 e 17, iremos reparar como a Lua passa da constelação da Balança até junto de Antares, o coração da constelação do Escorpião.
Na madrugada de dia 22, a Lua será vista ao lado do planeta Saturno. Neste mesmo dia, terá lugar o quarto minguante.

Já na madrugada de dia 25, iremos assistir ao nascer da Lua junto dos planetas Marte e Júpiter. De notar que a maior aproximação entre estes dois astro irá ocorrer no dia 29.

Duas madrugadas depois, a Lua irá passar numa direção tão próxima do planeta Vénus que, quem estiver na Indonésia ou Filipinas, chegará mesmo a assistir a ocultação deste planeta pela Lua.

A finalizar o mês, teremos a Lua Nova a meio de dia 30. Esta será a melhor ocasião para se observarem objetos celestes que requeiram céus escuros, tals como galáxias, nebulosas ou aglomerados estelares.

Boas observações!

 

Autor: Fernando J.G. Pinheiro (CITEUC e FCTUC)

 

 

 

 



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