PSD: «Para o Algarve, nem TAP, nem TAPzinha ou TAPzona»

«Esta verdadeira anedota e escândalo nacional acarretam custos de oportunidade elevadíssimos para os nossos empresários e para a região»

«Para o Algarve, nem TAP, nem TAPzinha ou TAPzona». É assim que o PSD regional comenta a recente aprovação do plano de reestruturação da companhia aérea portuguesa que «desistiu do Algarve, mas não desiste dos impostos dos algarvios». 

Numa nota enviada à imprensa, os sociais-democratas consideram que, «em sentido oposto ao que foi publicamente assumido por diversos membros do Governo, entre os quais o ministro Pedro Nuno Santos, o Algarve não merece sequer uma nota de rodapé» neste plano de reestruturação.

A região é votada «ao absoluto desprezo e sem que a TAP, a qual se diz que enverga a bandeira de todos nós, se empenhe em ter uma presença mais do que meramente caricatural na região», acrescenta.

Para, Cristóvão Norte, deputado e presidente do PSD Algarve, a «TAP não é um agente de desenvolvimento do Algarve: nunca foi e nunca será».

«Está reduzida a escombros no Algarve e a única rota que tem – Lisboa – é por mera conveniência de Lisboa, não existe em razão do interesse do Algarve. Continuamos, porém, a pagar o dízimo, tais quais bons servos de um patrão falido. Exigimos o mesmo que o Porto, o reforço das verbas para atrair rotas para a região», acrescenta.

«Já fizemos as contas: se Rui Moreira diz que em face do movimento do aeroporto do Porto têm direito a 100 milhões por ano, então o Algarve tem direito a 90. Não somos nem mais nem menos que Lisboa ou Porto, mas o país não pode desperdiçar o potencial do Algarve e este Governo insiste em fazê-lo. Uma vez mais, a região mais afetada pela crise é a que menos apoios tem», diz ainda.

Luís Gomes, cabeça de lista pelo PSD, concorda: «a estratégia da TAP para o Algarve, ao longo das últimas décadas, tem sido apenas para cumprir um suposto calendário patriótico cujo interesse e serviço pode-se legitimamente questionar».

Para o social-democrata, «a bandeira socialista em nacionalizar a TAP não só afundou ainda mais a possibilidade da companhia se manter viva, como quase que agravou o seu serviço ao Algarve. É preciso ter em conta que, sendo o Algarve um dos destinos turísticos mais importantes de Portugal, Europa e Mundo, é absolutamente caricato não existir qualquer voo internacional da TAP que tenha como destino o aeroporto de Faro».

«Esta verdadeira anedota e escândalo nacional acarretam custos de oportunidade elevadíssimos para os nossos empresários e para a região. Ser candidato a deputado obriga-nos a compromissos ou quando não somos capazes de o fazer, devemos vir dar a cara. Lamentavelmente não vimos nem lemos qualquer comentário relativamente a essa matéria por parte dos deputados eleitos pelo Partido Socialista. Verdade e compromisso marcará a diferença que queremos fazer na Assembleia da República», conclui.

 



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