Covid-19: Pediatras recomendam aos pais que se aconselhem com médicos sobre vacinas

Apela a Sociedade Portuguesa de Pediatria

A Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) salienta que as vacinas contra a Covid-19 são eficazes e seguras e recomenda aos pais que se aconselhem junto de profissionais de saúde e não através das redes sociais.

Numa nota, a SPP recorda que “a vacinação dos 5 aos 11 anos foi avaliada e recomendada pela Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19 da Direção-Geral da Saúde (DGS), tendo sido ouvida a opinião de peritos em diversas áreas relevantes para a tomada de decisão”, com muita experiência “na análise dos riscos e benefícios de vacinas e, por esse motivo, fontes de informação muito mais fiáveis”.

Num texto que lembra que os “profissionais de saúde são as pessoas que poderão ajudar melhor a esclarecer as suas dúvidas”, a direção da SPP reconhece ser “natural que os pais tenham dúvidas sobre se devem ou não administrar a vacina aos seus filhos, dado tratar-se de uma vacina recente e, sobretudo, pelos comentários, maioritariamente desapropriados, que circulam nas redes sociais”.

Apesar de ser habitualmente assintomática nesta faixa etária, a SPP frisou que “as crianças têm sido fortemente prejudicadas na pandemia devido aos confinamentos sucessivos que afetam seriamente a sua aprendizagem e saúde mental e aumentam o risco de pobreza e de maus-tratos”.

Por isso, “espera que a vacinação das crianças deste grupo etário se associe a diminuição do risco da doença e das suas complicações e que as crianças vacinadas possam ser consideradas como contactos de baixo risco, na presença de um caso positivo na comunidade escolar, contribuindo assim para a redução significativa do impacto na saúde mental e educacional destas crianças, cujos efeitos a longo prazo serão certamente muito negativos”.

A SPP referiu, ainda, que “atualmente já receberam a primeira dose de vacina mais de cinco milhões de crianças na faixa etária dos 5 aos 11 anos em todo o mundo e não foram reportados efeitos adversos graves”, com os reguladores internacionais a manterem a vigilância sobre eventuais efeitos raros que possam surgir.
 

 



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