Marcelo pede «serenidade, cabeça fria e bom senso» ao falar da variante Omicron

Presidente da República nega que tenha havido irresponsabilidade em dissolver parlamento e convocar eleições numa altura de agravamento da pandemia

Nuno Costa|Foto de Arquivo

O Presidente da República pediu hoje “serenidade, cabeça fria e bom senso”, ao pronunciar-se sobre a possibilidade de a mais recente variante da Covid-19 chegar a Portugal, e lembrou as medidas que vigorarão a partir de quarta-feira.

Como disse o primeiro-ministro, não há até agora casos [da variante denominada Omicron] e, por um lado, vão entrar em vigor as medidas, portanto, serenidade, cabeça fria e bom senso é aquilo que se impõe”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa, quando questionado sobre se estava preocupado com a evolução da pandemia por causa da nova estirpe.

Rejeitando a ideia de que está a ser otimista em relação ao impacto que esta variante poderá ter, o chefe de Estado considerou que é preciso estar sempre “de pé atrás”, já que a maioria das variantes anteriormente detetadas “não teve a gravidade que se esperava no início”.

“Vamos esperar para ver”, apelou.

O Presidente da República falou também sobre a dissolução do parlamento e a convocação de eleições, rejeitando qualquer irresponsabilidade em avançar com essa decisão face ao agravamento da pandemia de Covid-19 nas últimas semanas.

Questionado pelos jornalistas, o chefe de Estado considerou que houve, pelo contrário, “uma responsabilidade” em resolver a crise política.

O processo “tem corrido bem até agora” e foi como tinha de ser feito, sustentou, na sequência da rejeição da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), considerando que aí é que começou a crise política.

O agravamento da pandemia, até agora, não obrigou a repensar ou adaptar essa decisão.

“Aquilo que se sabia na altura sobre a pandemia não é muito diferente daquilo que se sabe hoje. Sabia-se que podia ter uma evolução – ainda se acredita que é uma evolução controlada pela vacinação. Sabia-se que se ia avançar para a terceira dose em toda a população, não se sabia que podia ser com as crianças, que é uma questão que ainda está para decisão”, elaborou.

 



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