Loulé adere a projeto que quer plantar uma árvore por cada cidadão europeu

O “Life Terra” não se fica só pelo acto de plantar, também quer acompanhar o crescimento das árvores

Só num dia, foram plantados mais de um milhar de sobreiros na Serra do Caldeirão, mas Loulé não pensa ficar por aqui e comprometeu-se a não parar enquanto não for atingido o objetivo do projeto “Life Terra”, o de plantar uma árvore por cada cidadão europeu.

Na terça-feira, Dia da Floresta Autóctone,a Câmara de Loulé apostou numa ação de florestação e aproveitou para se associar ao movimento europeu “Life Terra”, através da assinatura de um protocolo com a associação Naturaleza y Hombre.

«O objetivo é restaurar e promover a ligação entre a sociedade e a natureza, facilitando a plantação de árvores e capacitando os cidadãos com conhecimento, tecnologia e ferramentas necessárias para dar resposta à mudança climática», descreve a Câmara de Loulé.

«Este projeto tem como objetivo plantar 500 milhões de árvores, ou seja, uma árvore por cada europeu. No fundo é um projeto de consciência ambiental, de mobilização das pessoas em torno da ideia da arborização. Vivemos uma crise e a única maneira de a resolver é mobilizando as pessoas… E um projeto que tem um objetivo desta dimensão é, por si próprio, um projeto mobilizador de pessoas», explicou, por seu lado, Carlos Rio Carvalho, representante nacional do projeto.

Mais do que plantar, os promotores do Life Terra” querem «ter resultados físicos no número de árvores que ficam no terreno». O objetivo é promover o crescimento de áreas arborizadas «através de práticas de reflorestação sustentáveis e do teste da tecnologia “track your tree” (siga a sua árvore), com uma aplicação que permitirá monitorizar a sobrevivência das árvores e o crescimento das áreas arborizadas».

«O “Life Terra” leva a mensagem, ampliando-a. Comunica, utilizando os canais de comunicação que tem para, em vez de chegar a um número mais limitado de pessoas, chegar a toda a Europa. E depois ajuda no que puder», seja através do fornecimento de árvores ou na organização e reforço da rede de voluntários.

«O que fizemos hoje é um grande começo. Precisamos de muitas mais autarquias que olhem em frente como Loulé, que se envolvam e levem os seus cidadãos a implicarem-se também», considerou Sven Kallen, fundador e diretor-geral do movimento, adiantando que, neste momento, o projeto está a operar em 10 países europeus e que a ideia é ampliaressa rede.

Carlos Carmo, vereador da Câmara, considerou por seu lado que Loulé ganha com este protocolo, até porque irá «comunicar um pouco por todo o mundo as suas boas práticas ao nível da manutenção e preservação da biodiversidade e na consciencialização dos munícipes para a importância da sustentabilidade e preservação da nossa biodiversidade, neste caso concreto com o aumento do número de árvores no nosso território e a sua função no ecossistema e no combate às alterações climáticas».

A ação de florestação de terça-feira é um dos exemplos do que a autarquia louletana tem feito, nesta caso específico, com a ajuda de «funcionários de vários serviços do Município, da Proteção Civil e dos Bombeiros, Sapadores Florestais, a Associação de Produtores Florestais da Serra do Caldeirão, bem como representantes do ICNF, de partidos políticos e juntas de freguesia, alguns voluntários e elementos do executivo camarário».

A ação surgiu «no seguimento do protocolado com o ICNF em Maio, tendo em vista a plantação de milhares de árvores nos próximos 5 anos», espécimes que virão diretamente dos viveiros deste instituto, segundo Carlos Carmo.

 

Fotos: Câmara de Loulé

 

 



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