Algarvio Ricardo Santos entra no dia decisivo em 34º e de olho no top 20 do Portugal Masters em golfe

Golfista do Algarve é o melhor português em prova

Ricardo Santos (Warren Little/Getty Images)

O golfista algarvio Ricardo Santos acabou em 34º a jornada deste sábado do Portugal Masters em golfe, que está a decorrer no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura, a apenas 3 pancadas do top 20 da competição.

Vítor Lopes e Tomás Melo Gouveia, que ontem passaram o cut e também estão a disputar as voltas decisivas do torneio, desceram do 37º lugar para 57ª posição.

A liderar o torneio estão o belga Thomas Pieters e o francês Mathiew Pavan, com 197 pancadas (16 abaixo do par).

Já Ricardo Santos, está com 210 pancadas, 3 abaixo do par, mantendo o registo do dia anterior, «depois de entregar um cartão de 71 pancadas, com 2 bogeys e 2 birdies», segundo os organizadores do evento.

Ontem, «o vento soprou mais forte e de forma irregular, por vezes com ventos cruzados. As bandeiras continuaram posicionadas com frequência bem perto dos limites dos greens. A temperatura desceu, o que faz logo com que a bola voe um pouco menos. Alguns greens deram a sensação de estarem ligeiramente menos rápidos do que nos dias anteriores e houve ainda a decisão do diretor de torneio, o espanhol José Maria Zamora, de retirar o jogo em “prefered lies”, ou seja, deixou de ser possível colocar a bola no fairway».

«Faz alguma diferença, embora não seja por aí. Mas, por exemplo, no buraco 11 fiquei num divot com areia e é como se fosse um shot do bunker. Com “prefered lies” seria diferente», disse o golfista algarvio, o melhor português em prova.

Santos, que era 31º na primeira volta e 30º na segunda, está empatado com o escocês Stephen Gallacher, ainda mais veterano do que ele, com 47 anos, vencedor da Ryder Cup em 2014.

 

Thomas Pieters (Warren Little/Getty Images)

 

Mas se o algarvio de 39 anos está pela quinta vez na sua carreira a jogar as duas últimas jornadas do Portugal Masters, para os seus compatriotas Vítor Londot Lopes (25 anos) e Tomás Melo Gouveia (27 anos), trata-se de uma estreia, pois foi a primeira vez que passaram o cut no mais importante torneio português.

«Curiosamente, continuam com resultados gémeos nos três dias de prova e irão atuar juntos amanhã pelo quarto dia seguido», realça a organização.

Quanto ao topo da tabela, conheceu ontem alterações. O italiano Nino Bertasio, que comandou nas duas primeiras jornadas, caiu para a 7ª posição e cedeu a liderança a Thomas Pieters e a Mathieu Pavon, ambos de 29 anos.

Pieters, que procura o seu quinto título no European Tour, e Pavon, que persegue o seu primeiro troféu na primeira divisão europeia, dispõem de uma vantagem de 4 pancadas sobre o dinamarquês Lucas Bjerregaard, o vencedor do Portugal Masters de 2017.
«Há apenas 6 pancadas a separar os seis primeiros, pelo que nada está ainda decidido, mas Pieters, um membro da seleção europeia da Ryder Cup em 2016, tem a experiência de já ter vencido dois torneios em que partiu para a última volta na liderança, enquanto Pavon vê-se pela primeira vez a comandar aos 54 buracos uma prova deste nível», concluiu a organização.

«Os primeiros nove buracos estiveram mesmo brutais, devido ao vento», sublinhou Thomas Pieters, que está a disputar o Portugal Masters pela quinta vez, tendo sido 6.º (-12) em 2015.

 

Matthieu Pavon (Warren Little/Getty Images)

 

«Hoje o vento esteve mais forte do que nos outros dias», concordou Ricardo Santos. «As condições estavam muito mais difíceis do que nos dois primeiros dias», acrescentou Tomás Melo Gouveia. «O campo não estava nada fácil», garantiu Vítor Londot Lopes.

«Concentrei-me imenso na velocidade dos greens. Foi o principal, porque sinto que tenho estado a ler bem as linhas esta semana», disse Mathieu Pavon, que, neste Portugal Masters, lidera a estatística de pancadas ganhas no putt.

Por contraste, os jogadores portugueses sofreram nos greens. «Nos primeiros 11 buracos não consegui concretizar nenhum putt e tive muito boas oportunidades», lamentou-se Ricardo Santos.

«O meu jogo não esteve ao mesmo nível, sobretudo nos greens. Muitos putts para dentro de três metros não entraram e a este nível isso não perdoa», recriminou-se Tomás Melo Gouveia. «Com estes greens grandes, é difícil controlar a velocidade (“pace”) quando estamos longe da bandeira. Fiz duas vezes 3 putts que deram-me 2 duplos-bogey», explicou Vítor Londot Lopes.

O Portugal Masters termina hoje com a quarta e última volta, a disputar até ao início da tarde.

 

 



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