A Banca da Cultura, uma iniciativa da candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura, recolheu, ao longo do mês de Setembro, propostas criativas de todo o Algarve. Os resultados, garante a organização, «superaram as expetativas».
Durante o mês de Setembro decorreu uma chamada aberta ao setor cultural e criativo da região do Algarve para a apresentação de propostas e contributos para o programa cultural e artístico da candidatura.
«Foram recebidas um total de 73 propostas, de agentes de toda a região e que abordam as diferentes disciplinas artísticas, existindo um número expressivo de projetos multidisciplinares», diz a candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura.
Muitos dos projetos mostram «vontade de trabalhar com e para a comunidade, bem como de divulgar o património cultural Algarvio (material e imaterial) e levar a cultura a lugares fora do comum».
Bruno Inácio, coordenador de equipa do projeto da candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura 2027, destaca a qualidade das propostas apresentadas, bem como a capacidade mobilizadora das entidades que aderiram a esta iniciativa.
«Estamos muito satisfeitos com a participação do sector cultural e criativo na chamada que fizemos para nos ajudarem a gerar ideias para o processo de candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura. Recebemos propostas muito interessantes que mostram a vontade e a capacidade de um setor que procura permanentemente reinventar-se, alargando a sua visão e capacidade de ação. Recebemos propostas de todo o Algarve, o que é igualmente muito importante pois a candidatura assume essa faceta vincadamente. Iremos agora analisar as propostas e procurar que dentro do processo de construção artística elas sejam relevantes», diz.
Esta fase de recolha de ideias para o conteúdo artístico da Candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura 2027 contou ainda com um apelo a toda a população através do projeto Banca da Cultura.
Em formato online ou presencial, este projeto contou com mais de 800 participações não só de pessoas a título individual mas igualmente de entidades e organizações que se quiserem juntar ao processo.
Durante três meses foram realizadas sessões digitais, visitas a associações e organizações regionais. Houve ainda um espaço físico, dedicado à candidatura, no Mercado Municipal de Faro. Entre as temáticas mais referidas pela população em geral, destacam-se o espaço urbano e a comunidade, bem como a natureza, saúde e bem-estar, representando respetivamente, 29%, 18%, 11% e 8,2% do total de propostas apresentadas.
Sofia Martins, responsável pela área da participação pública na candidatura, explica a importância do envolvimento da comunidade.
«A Banca de Cultura surge como reforço das características de acessibilidade e proximidade que se pretendem com este projeto. Esta iniciativa permite-nos dar a conhecer o projeto, recolher ideias para o programa artístico e cultural da candidatura mas acima de tudo escutar sobre os desafios, ideias e propostas de diferentes grupos da nossa comunidade», conclui.
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