Autárquicas: Aleixo tenta último mandato em Loulé com concorrência de deputado do PSD

Veja a infografia com todos os candidatos

Um presidente à procura do último mandato, um deputado que quer ser presidente e muita concorrência, da direita à esquerda. Seis candidatos concorrem à Câmara de Loulé, nas Autárquicas deste mês, na luta pela liderança do maior e mais populoso concelho do Algarve.

Foi já em 2013 que Vítor Aleixo voltou à política ativa. Depois de ter sido presidente de 1999 a 2002 – após renúncia de Joaquim Vairinhos -, o empresário livreiro foi eleito autarca, pelo PS, em 2013, tendo ganho também as eleições de 2017.

No último escrutínio, Aleixo infligiu uma derrota pesada aos adversários, arrecadando 7 dos 9 vereadores.

Agora, o autarca tenta um último mandato à frente da autarquia louletana, mas, pela frente, tem um deputado à Assembleia da República.

Rui Cristina é o candidato da coligação “Mais e Melhor pela Nossa Terra”, que junta PSD, CDS, MPT e PPM.

O parlamentar, eleito nas Legislativas de 2019, é o atual presidente do PSD/Loulé e quer recuperar uma Câmara que, durante largos anos, foi social-democrata, tendo ao leme, por exemplo, Seruca Emídio.

Pela CDU, o cabeça de lista à Câmara é Vergílio Ambrósio. Funcionário do Instituto dos Registos e do Notariado, fez parte da direção da Casa da Primeira Infância e foi dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas.

Ainda na esquerda, o Bloco escolheu Tiago Grosso como candidato à Câmara. Dirigente da comissão coordenadora concelhia dos bloquistas, é licenciado em Turismo pela Universidade do Algarve.

Nestas eleições, há a estreia de dois partidos na corrida à Câmara de Loulé. Um deles é o PAN, que tem Ana Poeta, técnica de educação de adultos em projetos de desenvolvimento local, nomeadamente sobre a dieta mediterrânica e a alimentação sustentável, como candidata.

O outro é o Chega. Fernando Santos – conhecido em Loulé como “Fanã” – foi o escolhido pelo partido de André Ventura para encabeçar a candidatura à autarquia. Arquiteto de profissão, foi desportista e dirigente desportivo.

Para a Assembleia Municipal, há novidades. Adriano Pimpão foi, da parte do PS, o cabeça de lista tanto em 2013, como em 2017. No ano passado, demitiu-se com estrondo por incompatibilidades com o Partido Socialista.

A polémica começou com alegados casos de irregularidades, na Câmara Municipal, em relação a processos urbanísticos que até levaram, mais tarde, à demissão do chefe de divisão. O caso ainda corre nos tribunais.

Sem Pimpão, o PS aposta em Carlos Silva Gomes, nome reputado em Loulé. Além de ter sido Governador Civil, também foi comandante territorial da GNR no Algarve.

O PSD escolheu igualmente um nome de peso. Trata-se do médico Pedro Rocheta, que foi diretor do Centro de Saúde de Loulé, bem como bombeiro voluntário.

No Bloco de Esquerda, o candidato é Carlos Martins, atual deputado municipal e dirigente associativo, e o PAN tem a particularidade de escolher a mesma candidata à Câmara e à Assembleia Municipal: Ana Poeta.

Sandra Castro (Chega) e Carla Gomes (CDU), que já foi deputada municipal, fecham a lista de candidatos.

Loulé é o concelho algarvio com maior número de Assembleias de Freguesia. São 9, no total: 7 lideradas pelo PS e duas pelo PSD.

Em Quarteira, Telmo Pinto, antigo futebolista profissional, tenta mais um mandato para o PS. Pela frente terá Vítor Duro (PSD, CDS, MPT e PPM), Amália Carrilho (PAN), Élio Carmo (Chega), Lourenço Cardoso (CDU) e Jorge Guerreiro (BE).

Já em São Clemente, freguesia que ocupa grande parte da cidade de Loulé, Carlos Filipe (PS) é recandidato ao cargo que já ocupa. Os concorrentes são Maria Domingos (PSD, CDS, MPT e PPM), Daniel Lourenço (Chega), Nadja Firmino (BE) e António Vairinhos Martins (CDU).

Para São Sebastião, o PS apresenta novidades. Manuel Guerreiro, atual presidente, não se recandidata e o escolhido é Analídio Ponte, natural de de Vale Judeu, guia intérprete nacional e assessor de seguros.

José Alberto Leal (coligação “Mais e Melhor pela Nossa Terra”), Rogério Guerreiro (Chega), João Paulo Guerreiro (CDU) e Alexandra Alvim (BE) também são candidatos.

Passando para Almancil, Joaquim Pinto (PS) também está à procura de mais um mandato à frente da Junta de Freguesia. António Gonçalves é o candidato da coligação liderada pelo PSD.

Nesta freguesia, a luta promete ser renhida: Tiago Jacinto, membro do Sindicato da Hotelaria e Turismo, é o candidato da CDU, enquanto o empresário André Leman encabeça uma candidatura independente.

Eduarda Brito e Silva (Chega) e Isabel Figueiras (PAN) fecham a lista.

Em Boliqueime, o atual presidente é recandidato. Trata-se de Nelson Brazão (PS), eleito em 2017.

José Borges (coligação “Mais e Melhor Pela Nossa Terra”) é o candidato do PSD, Maria José Gonçalves do Bloco, Joaquim Costa da CDU e Fernando Antunes do Chega.

Nas freguesias mais do interior do concelho, há menos candidatos. Em Salir, que é liderada pelo PSD, Deodato João não é candidato e o escolhido dos sociais-democratas é Francisco Rodrigues, que atualmente já faz parte do executivo da Junta.

Pelo PS, Rute Leal é a cabeça de lista, pela CDU Octávio Cordeiro e pelo BE Paulo Ferreira.

Passando para a União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim, Margarida Correia (PSD) também volta a concorrer nestas eleições. Carlos Faísca, membro da Assembleia de Freguesia, é o candidato do PS e Carlos Gonçalves da CDU.

Em Alte, é o PS quem comanda a Junta de Freguesia e António Martins é o recandidato dos socialistas. Sílvia Martins, que também já foi presidente desta junta, concorre pelo PSD e Bruno Almeida pela CDU.

Por fim, no Ameixial, José Fernando Carrusca procura um novo mandato, pelo PS. Acácio Costa é o candidato da coligação liderada pelo PSD e Maria de Fátima Costa a cabeça de lista da CDU.

Em 2017, votaram no concelho de Loulé 26.666 pessoas, num universo de 59.808 inscritos, o que corresponde a 44,59% do total (a abstenção foi de 55,41%).

O PS recebeu 65,90% dos votos e elegeu 7 vereadores (presidente da Câmara incluído) e o PSD/CDS/MPT alcançou 23,97% (2 vereadores).

A CDU teve 2,89% dos votos e o Bloco 2,84%.

 

 

 

 



Comentários

pub