Monte da Casteleja lança primeiro vinho algarvio sem sulfitos

Vinho é feito inteiramente com a casta Bastardo

A adega Monte da Casteleja, de Lagos, lançou o primeiro vinho algarvio sem sulfitos adicionados, o Palhete 2020, feito inteiramente com a casta Bastardo.

A casa que produziu este vinho, o Monte da Casteleja, é uma adega com uma produção de cerca de 10.000 garrafas por ano, liderada por Guillaume Leroux (pai francês e mãe lacobrigense), que também foi «a primeira a produzir vinho biológico certificado no Algarve e a primeira a fazer e comercializar curtimenta (hoje muito conhecido como ‘Orange Wine’)», segundo a empresa.

O produtor de vinho algarvio também «tem ganho variados prémios, sendo o mais recente a medalha de prata na 24ª edição do Concours Amphore 2020, o Concurso Internacional de Vinhos Biológicos e em Conversão em Paris».

«Guillaume tem vindo a direcionar o seu trabalho para a produção de vinhos mais “naturais”, o que para ele significa criar vinhos mais autênticos, que representem de forma fiel os solos e a uvas de onde provém. Este ano decidiu abraçar um novo desafio: produzir um vinho sem adição de sulfitos», descreve a adega Monte da Casteleja.

Os sulfitos «são os conservantes de origem natural utilizados na produção de vinho, os quais promovem uma enologia “segura”, mas que alteram a expressão aromática mais pura do vinho».

Do Palhete 2020, apenas foi produzido um lote de mil garrafas.

«A sua cor é de um tinto claro e no aroma revela-se muito expressivo, com apontamentos de frutos vermelhos bem maduros, como o morango. A sensação de frescura na boca é assinalável, o sabor frutado é nítido e vibrante. Uma guloseima para descobrir no Verão», descreve.

«Fazer um vinho biológico bom é um processo complexo. Sem sulfitos, mais difícil ainda. O segredo dos nossos vinhos passa por saber entender a vinha, que tem uma identidade e personalidade que devem ser respeitadas e mantidas na garrafa. A minha enologia é uma enologia de atenção, de cuidado e de respeito pela uva. E o vinho que temos é o resultado de 20 anos de aprendizagem… E todos os anos aprendo um pouco mais», afirma Guillaume Leroux.

A adega está aberta a visitas quase todo o ano (mas apenas por marcação) e tem provas de vinho e almoços vínicos.

Todos os vinhos produzidos estão à venda na loja da adega e custam entre os 8 e os 20 euros a garrafa.

 

 



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