Associações juntam-se para enfrentar um Verão «que vai ser coxo»

Objetivo desta iniciativa é «tentar conciliar opiniões para termos uma posição conjunta pelo Algarve»

Foto: Rúben Bento | Sul Informação

Oito associações, ligadas ao turismo, comércio e restauração, juntaram-se esta quinta-feira, 1 de Julho, para discutir «de forma séria, o problema que o Algarve vive». O objetivo é, num tempo que volta a ser de restrições devido à pandemia, «pegar nas medidas e construir sobre elas soluções» que permitam enfrentar um Verão «que vai ser coxo». 

Esta reunião aconteceu ao final da tarde de ontem, enquanto decorria o Conselho de Ministros, e contou com a presença de representantes da ACRAL – Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve, Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA), Associação Cultural e Ativista da Baixa de Faro, Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), PRO.VAR, Associação Empresários Quarteira e Vilamoura, Associação Comércio Cidade de Loulé e Associação de Empresários Por Quarteira.

Em declarações aos jornalistas, no final, Paulo Alentejano, presidente da ACRAL, disse que o objetivo desta iniciativa é «tentar conciliar opiniões para termos uma posição conjunta pelo Algarve».

«Um ponto consensual é que tem de haver um investimento do Governo em todas as áreas. Percebemos que vamos ter um Verão muito coxo, mas pretendemos tirar a região deste panorama. Temos de cativar pessoas a vir ao Algarve e tentar que a época seja o menos má possível», acrescentou.

Certo é que, a região vai «para o quarto Inverno consecutivo» porque a pandemia parece não abrandar.

«No passado, tivemos um mau Verão e já vínhamos de situação complicada. O Inverno também foi complicado e agora parece que vamos ter outra época de dificuldade», perspetivou este responsável.

Foto: Rúben Bento | Sul Informação

 

Também em declarações aos jornalistas, Daniel Alexandre do Adro, vice-presidente da AIHSA, explicou que, «apesar de o Algarve estar a passar por uma situação que não desejávamos, temos de sobreviver».

«Neste contexto, juntamo-nos para podermos desenvolver uma proposta de valor segura, sabendo que somos o destino por excelência», disse.

«A ideia é pegar nas medidas de restrição e construir sobre elas: por exemplo, na restauração, dar a possibilidade de trabalhar, ainda que com horário definido, recebendo quem tenha o certificado Covid-19», acrescentou.

Com um número crescente de casos de Covid-19, o Governo decretou o regresso do recolher obrigatório para 9 concelhos do Algarve – a maior parte deles representa uma fatia importante do número de turistas que chega à região, como Albufeira, Loulé, Olhão e Faro.

Para Daniel Alexandre do Adro, estas medidas «não são boas notícias, mas nossa expectativa é que é um passo atrás para podermos dar dois à frente».

Desta reunião saiu ainda um pedido: «nós gostaríamos que houvesse uma vacinação em massa em todo o país, mas entendemos que seria relevante que o Algarve, enquanto destino de excelência dos portugueses, já tivesse grande parte dos prestadores de serviço e da população em geral vacinada, até para a segurança do país enquanto um todo».

 

 



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