Algarve foi berço para 550 novos flamingos [com vídeo]

Esta é uma colónia de cerca de 3000 indivíduos que construiu perto de 800 ninhos com ovos, eclodindo agora cerca de 550 jovens flamingos

Foto: Agostinho Gomes

550 é o número de flamingos (Phoenicopterus roseus) que já nasceram no Algarve, numa salina da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, anunciou esta segunda-feira, 5 de Julho, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Esta é uma colónia de cerca de 3000 indivíduos que construiu perto de 800 ninhos com ovos, eclodindo agora cerca de 550 jovens flamingos.

«Esta nidificação e o seu resultado positivo poderão ser confirmados no próximo ano e tornar-se uma situação recorrente, o que representaria uma importante adaptação da espécie a diferentes condições das que sempre tem tido nos locais habituais, possibilitando desse modo a diversificação dos locais de nidificação e a manutenção da população da espécie na área geográfica do Mediterrâneo», diz o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

No entanto, a construção dos ninhos não constitui, em si mesma, confirmação de nidificação, uma vez que nunca foram observados juvenis nascidos naqueles locais.

«Para os resultados obtidos contribuíram também diversas pessoas e entidades. O ICNF agradece, de forma especial, toda a colaboração prestada pela empresa Compasal em função da disponibilidade em manter todas as condições ambientais e de segurança, assim possibilitando o sucesso da nidificação», explica o ICNF.

Assinale-se também um agradecimento às pessoas e entidades que praticamente desde a primeira hora tiveram conhecimento do processo em curso e mantiveram a necessária discrição, não publicitando os processos de nidificação e a sua localização, e evitando deste modo a possível perturbação causada pela curiosidade da novidade.

Na Reserva Natural do Estuário do Sado e na Reserva Natural do Estuário do Tejo ocorreu, em simultâneo, a construção de cerca de meia centena de ninhos em cada uma delas. Contudo, quer devido a alteração das condições físicas ocorrida nos locais, quer por se tratar de um número muito reduzido de casais, a nidificação não foi concluída.

Nestes dois últimos casos houve abandono dos locais.

A construção de ninhos era já conhecida, desde finais dos anos 90, nas principais áreas protegidas em zonas húmidas, nomeadamente na Reserva Natural do Estuário do Tejo, Reserva Natural do Estuário do Sado e na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António e, ainda, em outros locais.

 

Fotos: Agostinho Gomes

 

 

 



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