Ministro viu «felicidade» no regresso às aulas na Universidade do Algarve

Ministro acredita que testagem da comunidade académica garante «reinício seguro»

Ministro Manuel Heitor na UAlg – Foto: Nuno Costa | Sul Informação

As aulas presenciais regressaram às universidades no início desta semana e, esta quarta-feira, Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, esteve na Universidade do Algarve, onde pôde testemunhar a «felicidade dos estudantes», mas também o processo de testagem à Covid-19, que se vai prolongar até domingo.

No Campus da Penha, em Faro, Manuel Heitor começou por visitar o ginásio da Escola Superior de Educação e Comunicação, agora transformado em centro de testagem à comunidade académica.

E não foi pela presença do ministro que os testes pararam. Guiado pelo reitor Paulo Águas, o governante cumprimentou os voluntários – alunos e professores da área da Saúde da UAlg – mas depressa continuou a visita.

 

Foto: Nuno Costa|Sul Informação

 

Em passo apressado, visitou duas aulas do curso de Design da Comunicação e, então, depois de breves palavras trocadas com os docentes, dirigiu-se aos alunos: «então, está tudo a correr bem?», questionou.

A resposta foi obtida com acenares de cabeça e, possivelmente, sorrisos, que as máscaras não deixaram ver.

Mas Manuel Heitor acredita que os sorrisos estavam mesmo escondidos, porque, em declarações ao Sul Informação, disse que, nesta visita, viu um «reinício de aulas seguro, mas com muita felicidade. Tive o prazer de perguntar a muitos estudantes e pude perceber a felicidade com que estavam a reiniciar as aulas».

Para o ministro, «foi importante ver essa felicidade dos estudantes», mas a presença na Universidade do Algarve serviu também para «reconhecer e agradecer o trabalho das lideranças, dos docentes, dos funcionários e a mobilização inédita dos estudantes como voluntários para a testagem».

Segundo o governante, «houve uma mobilização muito grande de estudantes. Houve um número de voluntários enorme, muito superior às necessidades. E quero também agradecer à Cruz Vermelha Portuguesa pela disponibilização dos testes».

 

Foto: Nuno Costa|Sul Informação

 

Ainda assim, disse ao nosso jornal, «temos que ter muita precaução».

Nos casos do ensino básico e do secundário, o regresso às aulas coincidiu com a vacinação de professores. Mas o mesmo não aconteceu no ensino superior.

Questionado pelo Sul Informação, Manuel Heitor explicou que «houve a criação da task force para decidir as prioridades de vacinação. Sabemos que temos de garantir a imunidade de grupo tão rápido quanto possível. No caso do ensino superior, que mantém o regime misto, o contacto entre professores e alunos é mais reduzido do que no ensino básico. Compete à task force ver a disponibilidade que há de vacinas e definir as prioridades».

Por isso, pede o ministro, «deve haver um esforço coletivo para perceber que são os mais idosos que têm prioridade. Não podemos estar com princípios corporativos. Temos a certeza que, com a testagem que está a ser feita, temos um reinício de aulas seguro», concluiu.

 

Fotos: Nuno Costa | Sul Informação

 

 



Comentários

pub