À quarta foi de vez: há interessados em construir a ponte para a Praia de Faro

Três empresas portuguesas e uma estrangeira apresentaram propostas ao mais recente concurso público da nova ponte da Praia de Faro

Há quatro candidatos a construir a nova ponte para a Praia de Faro. O mais recente concurso público internacional desta empreitada teve, finalmente, interessados, depois dos primeiros três terem ficado vazios, e a Câmara farense até tem por onde escolher.

Segundo revelou ao Sul Informação Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, o valor das propostas recebidas varia «entre cerca de 4,37 milhões de euros e 4,84 milhões de euros», todas elas «bem abaixo do preço base, que rondava os 5 milhões de euros»

Três das empresas proponentes portuguesas e a quarta estrangeira, sendo todas elas «empresas da área, com experiência neste tipo de infraestruturas» e que têm trabalho feito no nosso país.

A experiência e solidez dos proponentes será determinante na fase de escolha do vencedor do concurso, que está «a cargo da Sociedade Polis», uma vez que «na escolha, o valor proposto conta 40% e a a análise técnica, que apura a capacidade e fiabilidade da empresa para fazer a obra, conta 60%».

Após este período de análise, terá lugar uma fase para audiência dos interessados», seguindo-se um relatório final, a adjudicação e a assinatura do contrato.

«Se não houver contestação e complicações, contamos ter este processo pronto até final do mês», disse o edil farense.

Já uma data de começo da obra «é sempre difícil de apontar, porque há muitas coisas que podem motivar atrasos», como as contestações e a necessidade de visto do Tribunal de Contas (TC), mas Rogério Bacalhau acredita que, «se tudo correr bem, haja condições para avançar com a obra depois do Verão».

A partir daqui, «temos cerca de um ano e meio de obra».

Para já, o processo ainda não está nas mãos da Câmara, tendo em conta que esta era uma das obras que deveria ter avançado no âmbito do Programa Polis Ria Formosa. Isso faz com que seja a Sociedade Polis a responsável por todos os trâmites, até à assinatura do contrato e obtenção do visto do TC. «Depois, a Polis fará a concessão do contrato à Câmara e a obra começará já sob alçada da Câmara».

Afinal, a obra só avançará devido a alterações ao projeto e ao esforço financeiro extra que a Câmara aceitou fazer. Foi este maior comprometimento da autarquia que permitiu aumentar o valor base da empreitada, de modo a torná-la aliciante para as empresas.

Esta decisão deveu-se ao facto dos anteriores concursos, publicados em Novembro de 2017, Dezembro de 2018 e Setembro de 2020, terem ficado vazios.

Desta vez, a Polis e a Câmara de Faro parecem ter acertado num caderno de encargos e num preço base aliciante, o que abre «perspetivas positivas» para que a obra avance, finalmente.

 

 

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