Coordenador da task force defende adiamento da toma da segunda dose da vacina

«Está a ser estudado, a meu pedido, pela Direção-Geral da Saúde e pelo Infarmed, se podemos alargar este período por duas semanas», revelou o coordenador

Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação – Arquivo

O coordenador do plano de vacinação contra a covid-19 defendeu hoje, 24 de Fevereiro, o adiamento da toma da segunda dose para permitir a vacinação de mais 200 mil pessoas até ao fim de Março.

«Está a ser estudado, a meu pedido, pela Direção-Geral da Saúde e pelo Infarmed, se podemos alargar este período por duas semanas, de forma a conseguirmos antecipar a vacinação a cerca de 200 mil pessoas. É muito importante pelos 70% da proteção que pode dar. Reforçar a vacinação uma ou duas semanas mais tarde praticamente não vai fazer grande variação no processo de defesa da pessoa que já foi vacinada com a primeira dose», admitiu o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

Em declarações no âmbito de uma audição na Comissão da Saúde, na Assembleia da República, Henrique Gouveia e Melo sublinhou que «deve ser privilegiada a antecipação da vacinação por diversos motivos», entre os quais a meta da União Europeia de ter 80% da população com mais de 80 anos vacinada até ao fim do primeiro trimestre.

«E porque é um princípio bom: 70% de proteção é melhor do que 0% de proteção para 200 mil pessoas durante um período alargado», reiterou, assumindo a incerteza atual na concretização deste objetivo: «é uma preocupação, não tenho a certeza de que vamos conseguir atingir o objetivo face ao número de vacinas que temos».

 



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