Nova estirpe da Covid-19 detetada em Tavira e Faro

Variante foi encontrada em amostra recolhida a 20 de Dezembro, em Tavira

Foto: Fábio Costa|Sul Informação

A nova estirpe da Covid-19, com origem no Sul de Inglaterra, e que tem uma maior transmissibilidade, foi detetada nos concelhos de Faro e Tavira.

O Sul Informação apurou que o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge detetou a nova variante da Covid-19 em três amostras recolhidas no concelho de Faro e numa no concelho de Tavira.

Duas das amostras do concelho de Faro foram recolhidas no dia 21 de Dezembro e outra no dia 22.

Já a colheita no concelho de Tavira foi feita a 20 de Dezembro, segundo os dados consultados pelo nosso jornal.

Na passada sexta-feira, na conferência de imprensa de atualização da situação epidemiológica no Algarve, Ana Cristina Guerreiro, delegada regional de Saúde, revelou que, perante o aumento «rápido e grande» de casos no concelho de Tavira, as autoridades suspeitavam da presença da nova estirpe do vírus no concelho, adiantando que tinham sido enviadas amostras para o INSA.

Para tirar as dúvidas, seguiram amostras do concelho de Tavira para o INSA e a confirmação chegou agora, depois de aquele instituto ter divulgado, na última terça-feira, nova atualização das análises genéticas ao novo coronavírus.  Além de Tavira, a nova estirpe também está presente em Faro.

Paulo Morgado, presidente da ARS Algarve, contactado pelo Sul Informação, realçou que o surgimento da nova estirpe no Algarve «era algo que já se esperava, tendo em conta que tem uma maior facilidade de propagação» e que existe na região «um Aeroporto e uma comunidade inglesa muito grande».

Ainda assim, realçou, «não é um fenómeno exclusivo do Algarve. De acordo com o INSA, ela é responsável já por 15% das infeções a nível nacional e está já presente em todas as regiões».

Além disso, «considerando que esta é uma variante mais contagiosa, tem maior tendência para se tornar dominante», sendo que o responsável admite que possa estar já disseminada por outros concelhos da região, até porque a análise de sequenciação genética é feita por amostragem e demora tempo até serem conhecidos os resultados.

Apesar de esta variante que surgiu em Inglaterra ter uma maior transmissibilidade, não há indicação de que aumente a severidade da doença.

Até ao momento, o INSA registou pelo menos 72 casos de contágio pela nova variante, em 10 distritos e 28 concelhos, apontando os dados «para a existência de transmissão comunitária».

 

 

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