Autoridades «suspeitam» que nova estirpe de Covid-19 circule em Tavira

Foram enviadas amostras para o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

Foto: Flávio Costa | Sul Informação

As autoridades de saúde suspeitam que a nova estirpe da Covid-19, detetada inicialmente no Reino Unido, esteja na origem do aumento exponencial de casos no concelho de Tavira.

Ana Cristina Guerreiro, delegada regional de Saúde, revelou, esta sexta-feira, na conferência de imprensa de atualização da situação epidemiológica no Algarve, que já seguiram amostras para o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) para análise.

Segundo a responsável, o concelho de Tavira, no Algarve, é aquele «que inspira maior preocupação pela taxa de incidência mais elevada e pelo aumento brusco de casos».

A investigação epidemiológica indica que «o foco inicial terá sido num ginásio e que, a seguir a esse grupo inicial, as pessoas comemoraram o Natal com as suas famílias, o que gerou esta subida grande de casos».

Foto: Nuno Costa|Sul Informação

Perante o aumento «rápido e grande» de casos no concelho de Tavira, as autoridades de Saúde colocam a hipótese da presença da nova estirpe do vírus.

«Não chegámos a nenhuma conclusão, mas suspeitamos que esteja a acontecer. Como sabemos que a nova variante tem uma transmissibilidade superior, pomos essa hipótese», disse Ana Cristina Guerreiro.

Para tirar as dúvidas, seguiram já amostras de infeções no concelho de Tavira para o INSA, em situações «que detetámos em que um caso deu origem a um número maior de infeções», adiantou Paulo Morgado, presidente da Administração Regional de Saúde.

Segundo este responsável, atualmente «a variante dominante em Portugal surgiu inicialmente em Espanha e representa 60% das transmissões. Há várias centenas de variantes e estão sempre surgir. Esta variante de Inglaterra é uma estirpe que está já em toda a Europa, tem transmissibilidade grande e tem tendência a crescer».

Apesar disso, lembrou Paulo Morgado, «é uma variante que, pelo que se sabe, não aumenta a severidade da doença e que, em termos de capacidade de transmissão em relação à variante espanhola, não é muito maior», concluiu.

 

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