Hospitais do Algarve abrem 56 camas para doentes não Covid-19

Camas serão instaladas em espaços pertencentes a grupos privados de Saúde

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) alargou a sua capacidade de internamento para tratamento de doentes não Covid e aumentou a resposta na área dos Cuidados Intensivos, ao abrir 56 novas camas, nas cidades de Faro e Lagos.

As novas camas serão abertas «em extensões de enfermaria e cirurgia de ambulatório exteriores aos seus hospitais nas cidades de Faro e Lagos destinadas exclusivamente para o internamento e tratamento de doentes não Covid».

Este reforço da resposta será instalado em «unidades de anterior utilização hospitalar, sendo que 28 vão ficar localizadas no antigo hospital Santa Maria, em Faro (grupo Lusíadas Saúde) e 28 em instalações afetas ao Hospital de São Gonçalo, em Lagos (Grupo Hospital Particular do Algarve)», revelou o CHUA, numa nota de imprensa.

No caso do Hospital de São Gonçalo de Lagos, além dos serviços de internamento, também o bloco operatório será cedido ao SNS para a cirurgia do ambulatório de doentes que não estejam infetados com o novo coronavírus, revelou o grupo HPA.

«Esta medida de expansão da capacidade de internamento hospitalar, traduzida pela abertura de enfermarias e acompanhadas pela equipa clinica do próprio CHUA, tem como objetivo continuar a garantir a resposta nas restantes especialidades e libertar, simultaneamente, vagas nos hospitais de referência para aumento da resposta de Cuidados Intensivos e para doentes mais diferenciados», salientou, por seu lado, o CHUA.

Segundo Paulo Neves, vogal do Conselho de Administração dos hospitais algarvios, esta medida visa «garantir todas as condições para, mesmo em fase de pandemia, conseguirmos tratar os doentes não Covid em circuitos distintos, clinicamente seguros e fora dos hospitais, com a vantagem de serem acompanhados pelas mesmas equipas médicas, de enfermagem e técnicas do CHUA, as quais já conhecem o historial clinico dos doentes e, dessa forma, podem potenciar uma sua recuperação mais rápida».

No fundo, trata-se de uma «medida de gestão alternativa com claras vantagens e expectáveis ganhos em saúde para os nossos doentes».

Já o HPA Saúde lembrou que em Abril «tinha disponibilizado de forma exclusiva esta unidade para acompanhamento de doentes Covid, num esforço de colaboração com o SNS. Neste momento tão complicado que atravessamos, mantemos total disponibilidade para colaborar, como o temos feito desde Março de 2020, pois acreditamos que só reunindo esforços de todos os setores será possível ultrapassar esta terrível fase».

«O CHUA vai assim poder contar com 26 de camas de internamento e duas salas de bloco operatório para aliviar as listas de espera cirúrgicas das diferentes especialidades», afirma o grupo privado de saúde.

O Conselho de Administração do CHUA agradeceu «o envolvimento e apoio dos municípios das cidades de Faro e de Lagos, que desde há uma semana nos estão a ajudar na operacionalização desta iniciativa que o CHUA lhes propôs», bem como «à ARS Algarve, que moderou os acordos com os proprietários privados que enaltecemos no quadro da legislação do estado de emergência em vigor, assim como a autoridade de saúde pública».

Esta ação, «em conjunto com a opção anterior de abrir 100 camas no CHUA Arena com o Município de Portimão, pretendem maximizar as opções de resposta diferenciada e ampliar muito as capacidades de internamento no quadro global de resposta à pandemia e ao mesmo tempo tentar recuperar os cuidados em saúde à população algarvia que servimos, desígnio defendido desde a posse desta equipa liderada pela médica Ana Castro», concluiu o CHUA.

 

Nota: Atualizada às 15h00 com informação enviada pelo grupo HPA Saúde

 



Comentários

pub