O antigo Hospital Santa Maria, em Faro, começou a receber, esta segunda-feira, 25 de Janeiro, os primeiros doentes não-Covid. O São Gonçalo de Lagos também vai acolher os primeiros internados dentro de pouco tempo, numa medida que vai permitir alargar o espaço para infetados com o novo coronavírus, nos hospitais públicos de Faro e Portimão.
Fechado desde 2018, o Hospital Santa Maria, propriedade do Grupo Lusíadas, reabriu agora, num acordo entre o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) e esta entidade privada. Logo no primeiro dia, chegaram seis doentes, sobretudo transferidos do serviço de medicina 1, do Hospital de Faro. A capacidade total é de 28 camas.
A sessão de abertura do Hospital Santa Maria como resposta para doentes não-Covid contou com a presença de Ana Castro, presidente do Conselho de Administração do CHUA, Paulo Neves, vogal, bem como Paulo Morgado, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve.

Aos jornalistas, Ana Castro agradeceu a ajuda à Câmara de Faro e à Proteção Civil pela pronta ajuda em «colocar este hospital operacional, em menos de uma semana».
«O esforço foi feito na altura certa: antevemos que podemos ter um aumento de internamentos por Covid-19, nos próximos dias, mas ainda não estamos in-extremis», considerou a responsável.
De facto, a decisão de abrir este novo espaço para internamento não-Covid deve-se a «uma situação totalmente nova a que nos temos de adaptar: o crescimento do número de casos na região que precisam de internamento», explicou Paulo Morgado, aos jornalistas.
Além do Hospital Santa Maria, também o São Gonçalo de Lagos (Grupo HPA Saúde) deverá abrir hoje para receber doentes que não tenham Covid-19, sendo que a capacidade máxima é de 26 internados.

Neste caso, além dos serviços de internamento, também o bloco operatório será cedido ao SNS para a cirurgia do ambulatório de doentes que não estejam infetados com o novo coronavírus.
Se, no Hospital Santa Maria, já houve seis doentes a chegar, em Lagos «ainda não sabemos quantas camas vamos ocupar de imediato», disse Paulo Morgado.
Certo é que, em ambas as unidades, serão funcionários afetos ao CHUA a trabalhar. Mas os recursos humanos são, de facto, um problema.
«Nós já contratámos todos os profissionais que estavam no mercado e fizemos mais apelos para todos os que puderem vir trabalhar connosco porque estamos disponíveis. A equipa que vai assegurar os cuidados de saúde nestes novos espaços é formada por médicos, enfermeiros e assistentes hospitalares já do CHUA», explicou Ana Castro.
No fundo, concluiu, estes novos espaços, em Faro e Lagos, «vão permitir tirar doentes não-Covid dos hospitais e reorganizar o espaço para termos mais capacidade de receber doentes Covid». Atualmente, são 247 as pessoas internadas na região, infetadas com o novo coronavírus.
Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação
Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação
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