Bloco visitou Hospital de Portimão e migrantes detidos em Tavira

Catarina Martins esteve no Hospital de Portimão

Foto: Catarina Martins, publicada no Facebook

Dirigentes do Bloco de Esquerda (BE) visitaram esta segunda-feira, 19 de Outubro, o Hospital de Portimão e os migrantes que se encontram detidos no Quartel do Exército, em Tavira. 

Catarina Martins, coordenadora nacional do Bloco, o deputado João Vasconcelos, eleito pelo Algarve, e outros dirigentes bloquistas reuniram-se na parte da manhã, no Hospital de Portimão, com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve/CHUA.

O objetivo foi procurar saber quais as dificuldades com que se debate este Centro Hospitalar e as necessárias respostas em tempos de pandemia.

Segundo o BE, nesta reunião percebeu-se que «o Centro Hospitalar continua a debater-se com falta de muitos profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde».

«Há áreas muito carenciadas, nomeadamente a nível de pediatria e anestesiologia», realça.

«As carreiras precisam de ser valorizadas e haver mais incentivos, o que permitirá a fixação de mais médicos e outros profissionais de saúde. Os níveis remuneratórios dos assistentes operacionais necessitam de ser aumentados. O SNS, a nível hospitalar, na região, atravessa graves constrangimentos quando 10% do Orçamento do Centro Hospitalar é gasto no pagamento da prestação de serviços externos», diz ainda o BE.

Por outro lado, este partido político defende que é preciso investir «mais nos meios materiais, o que não tem acontecido nos últimos anos, não obstante ter havido vários anúncios de investimento por parte dos últimos Governos, o que não se concretizou. Os concursos continuarão a ficar vazios se não se encontrarem condições para os médicos e outros profissionais exercerem a sua profissão».

Para o Bloco, «deve ser garantida a vinculação dos profissionais e criar condições para a sua dedicação plena, assim como garantir a abertura de concursos para formação de especialidade».

Um outro aspeto, defendido pelo BE, é «a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde».

«Serão medidas para que o SNS responda de forma mais adequada às necessidades das populações. Na resposta à pandemia os médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde têm sido uns verdadeiros heróis e nunca é demais prestar-lhes o devido reconhecimento».

Na parte da tarde, já sem Catarina Martins, o deputado João Vasconcelos e outros elementos do Bloco de Esquerda deslocaram-se ao Quartel do Exército, em Tavira, onde visitaram os migrantes marroquinos que ali se encontram detidos, e inteiraram-se das condições em que vivem.

Para o Bloco de Esquerda, «é lamentável e desumano que seres humanos que deixam os seus países e famílias e vêm à procura de uma melhor vida, arriscando a própria vida na deslocação, sejam atirados para a prisão ao chegarem ao nosso país, como acontece em Tavira e noutros locais».

«Essas pessoas, como quaisquer outras, devem ter direito a recorrer a advogados, a apresentar pedidos de Asilo Internacional ou serem notificados para o abandono voluntário do território nacional. Os centros de acolhimento devem ter as condições dignas para a instalação temporária dos migrantes», conclui o BE, que vai pedir ao Governo e Assembleia que seja encontrada uma boa solução para a questão dos migrantes em Tavira.

 

 

 



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