De folhas amarelecidas e rodeadas de «sobrantes de obras», no estaleiro da Câmara de Faro. É assim que estão as laranjeiras que foram retiradas do largo da Sé, em Faro, na passada semana, denunciou a Glocal Faro, grupo de cidadãos que se insurgiu contra a retirada das árvores.
A Câmara de Faro garantiu que as árvores foram retiradas daquele local para serem submetidas a um tratamento e que serão repostas.
No entanto, e apesar de terem sido, efetivamente, colocadas na terra, no espaço técnico que a autarquia tem na zona do Cais Comercial, as laranjeiras não parecem estar nas melhores condições, nas imagens divulgadas pela Glocal Faro.
O grupo de cidadãos chama a atenção, de forma irónica, para «o bom estado» em que se encontram as árvores «ao fim de dez dias de tratamento».
«Estão num local adequado – estaleiro do cais comercial junto aos materiais sobrantes de obras, com boa terra e boas caleiras de rega, como se pode comprovar pelas fotos», ironizou a Glocal Faro.
Contactada pelo Sul Informação, a Câmara de Faro reafirmou aquilo que já antes tinha garantido: que as árvores foram «retiradas após relatório técnico para tratamento, por se encontrarem identificadas como estando em mau estado».
As laranjeiras «serão recolocadas em breve no espaço público, caso este tratamento surta efeito».
«Caso tal não aconteça, serão plantadas novas laranjeiras, bem como outras árvores, em espaços públicos do concelho», disse ao nosso jornal fonte da autarquia, que frisou que «nos últimos dois anos, a Câmara de Faro plantou 600 novas árvores» no concelho.
As árvores em causa foram retiradas do Largo da Sé dias antes do início das Noites F, mas, como disse, na altura, ao Sul Informação o presidente da Câmara de Faro, não foi por essa razão que as árvores foram retiradas.
«Eu tinha pedido que fosse feita uma intervenção no largo, com a limpeza das laranjeiras, que estavam cheias de lenhos secos e foram retiradas nesse âmbito», revelou o edil farense ao nosso jornal.
Fotos: Glocal Faro
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