Covid-19: Regresso de adeptos a estádios de futebol não está a ser equacionado

Segundo a DGS

A diretora-geral de Saúde negou hoje que esteja a ser «equacionado o regresso dos adeptos» aos estádios de futebol até ao fim da época, notando que as decisões nesta matéria têm sido tomadas «em diálogo com a federação».

«Não está a ser equacionado o regresso aos estádios neste momento, nem se perspetiva qualquer alteração [relativamente à decisão de realizar os jogos à porta fechada] nesta época», afirmou Graça Freitas, na conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia de Covid-19.

A responsável notou que a evolução da pandemia «depende dos ajuntamentos [de pessoas] e dos seus comportamentos», sem esclarecer qual a diferença entre a presença de pessoas num estádio e numa sala de espetáculos, como aquela em que foi feita uma apresentação do humorista Bruno Nogueira.

Graça Freitas frisou que, em relação ao futebol, as autoridades têm sido «muito cautelosas» e atuado «em diálogo com a Federação Portuguesa de Futebol».

«Isto é [a ausência de público nas bancadas dos estádios], de resto, o que se está a passar em outros países», observou.

Após a declaração de pandemia, em 11 de Março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.

Os campeonatos de futebol de França, Países Baixos, Bélgica e Escócia foram mesmo cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede em Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, cujo reinício da I Liga ocorreu na semana passada, com a realização da 25ª jornada.

A 2 de Junho, após a abertura de teatros e cinemas encerrados em Março devido à pandemia, o Presidente da República considerou que o regresso dos espetáculos culturais é fundamental, em declarações aos jornalistas no Campo Pequeno, em Lisboa, antes de assistir ao espetáculo “Deixem o Pimba em Paz”, com Bruno Nogueira e Manuela Azevedo e com participações especiais de Salvador Sobral e Samuel Úria.

O Presidente da República declarou que «já tinha saudades de espetáculos» e que a sua presença «significa que, aos poucos, com cuidado e com precaução», está «a regressar uma coisa fundamental, que é a cultura, que esteve três meses parada e que faz falta na vida das sociedades e na vida das pessoas».

A situação de calamidade no país devido à pandemia de Covid-19 vai continuar até ao final do mês de Junho devido aos feriados, festejos dos santos populares e reabertura das fronteiras aéreas, anunciou hoje o primeiro-ministro.

António Costa revelou ainda que a Área Metropolitana de Lisboa deixa de ter restrições ao desconfinamento a partir de segunda-feira, podendo abrir os centros comerciais e as Lojas do Cidadão.

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