CHUA vai abrir inquérito interno sobre caso de criança com necrose no pé

A administração do CHUA «já teve oportunidade de falar telefonicamente com a mãe da criança»

O Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) vai abrir um inquérito interno para averiguar «todos os factos» sobre o caso da menina de 4 anos, que, alega a mãe, tem uma necrose no calcanhar porque não foi devidamente tratada no Hospital de Faro. 

O caso foi dado a conhecer pelo Jornal de Notícias (JN). Agora, a administração do CHUA, numa resposta enviada ao Sul Informação, disse que «a mãe da criança foi contactada durante a tarde de ontem (dia 22 de Maio) no sentido de se dirigir com a criança ao Hospital para nova avaliação por parte da equipa clínica».

«A avaliação decorreu pelas 18h00. A administração já teve oportunidade de falar telefonicamente com a mãe da criança», lê-se ainda.

Segundo o JN, o caso remonta a 21 de Abril quando «a menina deu entrada na pediatria do CHUA com uma ferida no pé e dores intensas depois de uma queda de bicicleta».

Eudora Rosa, a mãe, garantiu ao JN que não havia ortopedista de serviço e que «foi mandada para casa com a indicação para regressar no dia seguinte».

Ainda assim, o enfermeiro explicou que «teria de fazer um penso, mesmo colocando o gesso». No regresso à pediatria, alega Eudora Rosa, foi dito que não «valia a pena» fazer o penso, colocando «apenas o gesso».

Um mesmo médico, no dia seguinte, deu a mesma indicação, mas, na passada quarta-feira, a necrose acabou por ser detetada, conta o JN.

«Quando vi que a minha filha tinha um buraco escuro no calcanhar entrei em pânico. O médico confirmou que era uma necrose, disse para não me preocupar e colocar betadine em casa», revelou ao Jornal de Notícias.

Segundo a mãe, a menina «tem uma enorme infeção, está a fazer medicação, tratamento ao pé e talvez tenha de fazer fisioterapia».

Com base nisto, Eudora Rosa apresentou uma reclamação no hospital.

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve, por sua vez, garante que «irá proceder à abertura de um processo de inquérito interno no sentido de averiguar todos os factos junto dos serviços envolvidos».

«Tendo sido apresentada reclamação, por parte da mãe da criança, ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve, essa mesma reclamação será analisada no âmbito do circuito institucional de gestão e análise das reclamações e pedidos de esclarecimento dos utentes, sendo a resposta a esta situação em concreto endereçada no final do processo de avaliação à utente e sua representante legal», conclui a resposta.

 



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