Covid-19: Marcelo defende “ponderação conjunta” sobre renovação do estado de emergência

Depois de ouvir especialistas, Presidente da República realçou que, em Portugal, há uma «curva mais moderada» de propagação do vírus

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje que para a renovação ou não do estado de emergência devido à Covid-19 deve haver “uma ponderação conjunta dos responsáveis políticos com os especialistas no domínio da saúde”.

O chefe de Estado falava aos jornalistas no final de uma sessão com apresentações técnicas sobre a “Situação epidemiológica da covid-19 em Portugal”, uma iniciativa do Governo, que contou ainda com a presença do primeiro-ministro, António Costa, dos líderes partidários, das confederações patronais e das estruturas sindicais, que decorreu no Infarmed, em Lisboa, e durou mais de três horas.

Marcelo Rebelo de Sousa começou por afirmar que a periocidade de reuniões como a de hoje será “razoável”, antecipando que “no fim do mês” poderá “uma nova reunião para uma avaliação”.

“Sabem que no dia 2 de Abril cessa a vigência do estado de emergência e coloca-se a questão da sua renovação ou não. Faz sentido uma ponderação conjunta dos responsáveis políticos com os especialistas no domínio da saúde”, defendeu.

Para lá do estado de emergência, na perspetiva do chefe de Estado, “haverá outras decisões que justificam a periodicidade das reuniões”.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, em Portugal, verifica-se “uma curva mais moderada” de propagação da Covid-19 e o pico do surto “pode ser um pouco depois de dia 14 de Abril”.

Ainda assim, depois de ter ouvido os especialistas, Marcelo Rebelo de Sousa realçou que “não é possível fazer previsões certas” e comparou a pandemia de Covid-19 a “uma mola” que se está a tentar conter com “uma pressão muito firme”.

“Tem havido, com este pressionar a mola, uma preocupação que é visível nos números: o crescimento ser menos exponencial, menos acentuado do que se esperava. Isto significa naturalmente que a pressão sobre o sistema de saúde é menor, o número de contaminados não tem crescido ao nível que se esperava e o pico pode deslocar-se”, disse o Presidente da República.

Segundo o Presidente da República, “os portugueses estão a fazer com que a curva não seja a curva de outros países, comparando o número não só de contaminados, mas de internados, e internados em cuidados intensivos, e também de mortos”.

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