Há um projeto para transformar a Fábrica do Inglês em hotel e reabrir o Museu da Cortiça

Câmara aprovou o pedido de informação prévia para autorização das obras

Fábrica do Inglês abandonada, em foto de 2016

Um novo projeto de 20 milhões de euros, da empresa portuense Colossalweek, quer transformar a Fábrica do Inglês, emblemático espaço de Silves que está ao abandono, num aparthotel de 5 estrelas, reabrindo, ao mesmo tempo, o Museu da Cortiça. 

Levado a reunião de Câmara, o pedido de informação prévia para autorização das obras foi aprovado por unanimidade, como revelou, em primeira mão, o jornal Terra Ruiva.

Só que, apesar deste parecer favorável da parte da autarquia, o avanço do projeto ainda está dependente de várias etapas. Em primeiro lugar, a Colossalweek tem de comprar o edifício à Caixa Geral de Depósitos, proprietária dos dois edifícios que existem na Fábrica do Inglês. As negociações estão a decorrer.

Em segundo, o grupo terá de ter autorização da Direção-Geral do Património Cultural, uma vez que o espólio existente, pertencente ao Museu da Cortiça, está em processo de classificação como património cultural de interesse público.

Do projeto, faz parte a construção de 130 apartamentos, destinados a turismo sénior, bem como de um SPA, piscinas e um restaurante.

A Colossalweek não esquece também o Museu da Cortiça, emblemático espaço ligado à história de Silves, que chegou a ser eleito, em 2011, como o Melhor Museu Industrial da Europa. A ideia é reabri-lo.

 

Ervas e ferrugem no exterior do Museu da Cortiça – foto de Fevereiro de 2016

 

Em 2014, o espólio do Museu, posto a leilão pela Caixa Geral de Depósitos, foi comprado pelo Grupo Nogueira. Mais tarde, passou para as mãos de outras empresas ligadas ao mesmo grupo.

A situação provocou grande contestação da parte da Câmara de Silves que levou o caso à justiça, por não ter sido informada desta transferência do património. O desfecho, de resto, ainda não é conhecido.

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