As Alagoas Brancas «devem ser classificadas como zona protegida» pela Câmara de Lagoa, à luz das conclusões de um estudo feito recentemente pela associação ambientalista Almargem , defende o PAN do Algarve.
O PAN já questionou o Ministério do Ambiente e Transição Energética sobre as ameaças a esta zona «de comprovada relevância ecossistémica ao nível da diversidade e raridade da sua flora e fauna» e exige que o ICNF faça um novo estudo, para substituir «o documento incorreto» que lançou em 2017.
A sugestão é que a autarquia utilize os meios ao seu dispor e crie «um Perímetro de Proteção Local (PPL) e uma Zona de Proteção Especial (ZPE) que garanta a preservação e sustentabilidade das Alagoas a longo prazo».
Para o partido Pessoas – Animais – Natureza, o valor ambiental desta zona ficou provado num recente estudo da Almargem, documento que pode e deve servir de justificação para classificar esta zona do concelho de Lagoa.
Desta forma, está agora provado que o parecer dado pelo ICNF há cerca de dois anos e em que se dizia, «basicamente, que as Alagoas Brancas eram desprovidas de valor para a avifauna» e que desconsiderava a sua classificação, «carecia de validade por parte da comunidade científica».
«É essa factualidade que o estudo da Almargem vem trazer. Assim, a forma como se abordam as questões relacionadas com a gestão desta zona têm que forçosamente ser reconsideradas», defende o PAN.
Além da classificação oficial das Alagoas Brancas como zona protegida, este partido pede que «se inicie o processo classificação das Alagoas Brancas como um dos sítios “Ramsar”de proteção de zonas húmidas a nível global, com base no convénio assinado por Portugal em 1980».
Solicita, ainda que sejam seguidas as diretivas europeias de proteção de aves migratórias e que «se trabalhe no sentido de incluir as Alagoas Brancas como parte da rede IBA, (Important Bird Areas), umas das maiores redes globais para a proteção de aves e conservação dos seus habitats».
Fotos: PAN Algarve
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