Obras para recuperar e reabrir Parque de Campismo de Faro começam em Setembro

Obra custa 450 mil euros

Foto: Gonçalo Dourado | Sul Informação

As obras de recuperação do Parque de Campismo da Praia de Faro vão arrancar «em Setembro ou Outubro». O concurso para a intervenção foi feito, o contrato foi assinado e já há visto do Tribunal de Contas, pelo que os atuais ocupantes do espaço vão ter de abandonar o local antes do início dos trabalhos.

Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, garantiu, em entrevista ao Sul Informação, que «no final de Setembro ou princípio de Outubro, é para começar a obra. Os utentes já foram notificados e, em Setembro, vão ter de sair».

Apesar de estar tudo pronto para que comecem os trabalhos, a Câmara vai esperar pelo fim da época balnear, para não causar transtorno aos banhistas. O objetivo é que o parque reabra no Verão de 2020.

A denúncia do contrato de comodato com a Associação de Utentes do Parque de Campismo de Faro, que estava em vigor desde 2010, foi aprovada, em Reunião de Câmara, em Setembro do ano passado.

«O contrato tinha que ser denunciado com 30 dias de antecedência e denunciámos com um ano», realça o autarca.

Rogério Bacalhau – Foto: Nuno Costa | Sul Informação

A renovação do parque de campismo da Praia de Faro vai custar cerca de 450 mil euros e não irá implicar uma intervenção profunda, já que não serão construídos novos edifícios.

Será feita uma limpeza, serão construídas novas infraestruturas de água e saneamento e serão renovados os edifícios existentes.

O novo parque de campismo terá 200 lotes para tendas, 84 dos quais para tendas grandes, e 24 espaços para autocaravanas.

Apesar de os responsáveis pela Associação de Utentes sempre se terem demonstrado dispostos a participar na gestão do parque, a Câmara de Faro não pretende ceder neste ponto, uma vez que a gestão será pública, feita pela autarquia.

Aliás, segundo Rogério Bacalhau, os serviços autárquicos já estão a elaborar o futuro Regulamento de funcionamento do camping, que será depois sujeito às aprovações habituais.

Também a rotatividade defendida pelo Município não é consensual, sendo criticada pelos atuais ocupantes do espaço, que não a consideram viável.

«Não há parques que sobrevivam sem residentes. Queremos um parque, mas que seja um parque para todos, onde possamos permanecer. Há espaço para residentes e para rotatividade. Temos direitos adquiridos sobre este espaço, morais e históricos», disse Luís Arsénio, membro da direção da associação de utentes, em Junho do ano passado.

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