ICIA abre programa de 2019 com apresentação de “O Café de Lenine”, de Nuno Júdice

O autor estará presente nesta tertúlia, voltada para os associados do ICIA

“O Café de Lenine”, a mais recente novela de Nuno Júdice, vai ser apresentada no sábado, 9 de Março, às 18h00, na taberna-loja “Maria do Mar”, em Portimão, com a presença do autor.

Trata-se de uma iniciativa do Instituto de Cultura de Cultura Ibero-Atlântica (ICIA) dirigida, sobretudo, aos seus associados, que se reúnem, no mesmo dia, em Assembleia Geral.

O objetivo é “proporcionar um espaço de convivialidade com sentido, em ambiente de tertúlia literária, transformando, num final de tarde, a taberna-loja “Maria do Mar”, em Portimão, n’O Café de Lenine, em Berna”, explica João Ventura, presidente do ICIA.

E será nesse ambiente de tertúlia que Nuno Júdice falará sobre a criação desta novela e sobre os temas atuais que ela convoca, ao mesmo tempo que “alguns associados do ICIA se confundirão com personagens desta novela inaudita que, atravessando várias épocas e geografias, vai buscar personagens a grandes clássicos da literatura, combinando ficção, crónica, diário, ensaio numa espécie de stand up literário cheio de humor”.

Trata-se, segundo o ICIA, de “um livro imaginado” aonde “tudo é possível: uma solução ecológica para evitar o fim da imprensa em papel, a reabilitação das baratas a partir de um almoço com Arrabal, a descida ao último círculo do Inferno numa mina de cobre do Chile, onde Lúcifer espera por um subsídio de reintegração social, uma noite com Emma Bovary num quarto do Luxemburgo, Rousseau apontado como exemplo numa conversa entre Guerra Junqueiro e Lenine num café de Berna, a procura infrutífera de combates no campo de Waterloo atrás de Fabrice del Dongo, fugido da Cartuxa de Parma de Stendhal”.

Nuno Júdice nasceu em Mexilhoeira Grande, Algarve, em 1949. Licenciado em Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa e Doutorado em Literaturas Românicas Comparadas na FCSH-UNL, onde foi professor de 1976 a 2015.

Tem publicados 33 livros de poesia, 14 de ficção, 10 de ensaio e 5 de teatro. A sua poesia foi reunida, em 1991, na Obra poética (1972-1985), na Quetzal, e em 2001, em Poesia reunida. 1967-2000, na D. Quixote.

Está traduzido em múltiplas línguas. É diretor da Colóquio/Letras, da Fundação Calouste Gulbenkian.

A sua obra foi amplamente premiada em Portugal e no estrangeiro, destacando-se, em 2013, o XXII Prémio Reina Sofía de Poesia Iberoamericana. No México, recebeu, em 2014, o Prémio Poetas do Mundo Latino e, em 2017, o Prémio Juan Crisóstomo Doria, atribuído pela Universidade Autónoma de Hidalgo.

Nuno Júdice é presidente da Mesa da Assembleia do Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, associação cultural sediada em Portimão.

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