Vai nascer a Rede Nacional de Arte Rupestre

Identificar e valorizar todos os locais de arte rupestre em Portugal é um dos objetivos

A sessão consultiva da Rede Nacional de Arte Rupestre, que decorreu em Reguengos de Monsaraz, teve a participação dos membros fundadores.

Entre eles estão a Fundação Côa Parque, a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a Faculdade de Letras da Universidade do Porto e os municípios de Reguengos de Monsaraz, Alijó, Vila Velha de Ródão, Alandroal, Viseu, Bragança, Vila Nova de Foz Côa, Caminha, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Freixo de Espada à Cinta, Oliveira de Frades, Montemor-o-Novo, Fundão, Moncorvo, Meda, Mação, Macedo de Cavaleiros e Mirandela.

A Rede Nacional de Arte Rupestre vai ter como objetivos «promover, valorizar e capacitar os recursos patrimoniais e humanos das entidades da rede, potenciar o impacto e a missão dos sítios detentores de arte rupestre e instituir mecanismos de partilha de recursos físicos e humanos», salienta a Câmara de Reguengos em nota de imprensa.

Com esta rede, pretende-se também «criar canais de comunicação apropriados ao desenvolvimento de projetos colaborativos, promover a cooperação com redes internacionais congéneres e expandir e diversificar os recursos das entidades gestoras dos sítios de arte rupestre e a sustentabilidade financeira dos projetos de valorização».

A rede quer assim «identificar e valorizar todos os locais de arte rupestre em Portugal, educar o público para a sua importância, criar sinalização e documentação de apoio ao turista, fazer um roteiro e um produto editorial para os jovens e criar um portal na internet».

A arte rupestre pré-histórica é um testemunho arqueológico comum em Portugal, em particular nas regiões do interior. Alguns desses vestígios têm uma importância cientifica de âmbito mundial e podem permitir a sua fruição pelo público.

Depois da reunião de trabalho, os representantes das instituições foram visitar o Cromeleque do Xerez, próximo de Monsaraz, e o Museu Arqueológico do Complexo dos Perdigões, onde estão os achados do povoado dos Perdigões, classificado há cerca de um mês como monumento nacional.

Este complexo arqueológico foi ocupado desde o final do Neolítico, há cerca de 5.500 anos, até ao início da Idade do Bronze, há 4.000 anos.

 

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