Loulé: Bloco de Esquerda debate direitos dos cuidadores informais

Evento vai contar com a presença de José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda

Uma sessão aberta sobre os direitos dos cuidadores informais, organizada pelo Bloco de Esquerda (BE), decorre no dia 12 de Janeiro, às 15h30, na Biblioteca Municipal de Loulé. 

O evento vai contar com a presença de José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, Sofia Figueiredo, presidente da Associação Nacional de Cuidadores Informais, João Vasconcelos, deputado eleito pelo Algarve, e Joaquim Sarmento, ativista do movimento em Loulé e moderador da sessão.

«O reconhecimento dos cuidadores informais deve andar a par com o reforço da responsabilidade do Estado na prestação de cuidados formais, designadamente por via do reforço e alargamento da Rede de Cuidados Continuados e dos Serviços de Apoio Domiciliário», diz o BE.

«Um estatuto do cuidador informal deve assim escapar à armadilha de reforçar os preconceitos familiaristas e deve contribuir para que não se reproduzam desigualdades entre ricos e pobres e entre mulheres e homens», acrescenta.

«Estima-se que em Portugal cerca de 800 mil pessoas prestem cuidados informais, trabalho essencialmente feminino, não reconhecido, não remunerado, mas cujo valor rondará os 4 mil milhões de euros anuais», segundo dados do BE.

«80% dos cuidados prestados a dependentes são feitos por cuidadores informais, trabalho que tem custos pessoais pesados, como maior risco de pobreza, abandono do emprego, isolamento, rutura das relações sociais, depressões, exaustão, stress, e onde as respostas públicas não colmatam as carências existentes, como são insuficientes as respostas atuais por parte da rede de cuidados continuados, dos serviços de apoio ao domicílio e dos cuidados formais», acrescenta o partido.

«Em Março, o Bloco apresentou um Projeto de Lei no sentido de criar o Estatuto do Cuidador. Esta iniciativa tem como objetivo ir além do reforço dos cuidados formais – matéria essencial – e das meras recomendações do Governo quem vêm sido apresentadas desde 2016. Embora tenha sido inscrito no OE 2019 um compromisso que sinaliza uma intenção e um caminho, falta aprovar o Estatuto e o Bloco assumiu esta responsabilidade. Agora é necessário concluir o processo, aprovando-o», conclui.

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