Maria do Vale Cartaxo convida os leitores a viajar no seu «Comboio Ascendente»

Este é o sétimo livro da escritora nascida em Portimão

O novo livro da escritora Maria do Vale Cartaxo, com o título «No Comboio Ascendente – Contos e Contas Pendentes», vai ser lançado esta sexta-feira, dia 30 de Novembro, às 18h00, no Biblioteca Municipal de Portimão.

Editado pela Colibri, o livro inclui oito contos e uma novela. A apresentação da obra, que se integra no programa das comemorações do Dia da Cidade de Portimão, estará a cargo de José Gameiro, diretor científico do Museu de Portimão, e de Elisabete Rodrigues, diretora do Sul Informação.

Este é o sétimo livro da escritora nascida em Portimão, depois de «A Viagem» (2000), «O Legado de Mrs. Baker» (2003), «Três diários de bordo em rota de naufrágio» (2003), «O sétimo dia» (2006), «O dia não» (2008) e «Outrora eu era daqui» (2017).

O título da sua sétima obra («No Comboio Descendente») é também o da novela com a qual o livro encerra, com chave de ouro. Um título que parte do poema de Fernando Pessoa (e da canção de José Afonso) «No Comboio Descendente». Para saber como tudo isto se articula (e se se articula) é preciso ir à apresentação do livro e, sobretudo, lê-lo.

Maria do Vale Cartaxo, nascida em Portimão, menina e moça partiu de casa de seus pais para estudar no Liceu de Faro e na Universidade de Lisboa, e logo sentiu o anseio de sair do lar pátrio e ir mais longe – não se contentando com pouco, deu a volta ao mundo e navegou pelos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico e outros mares.

Fazendo toda a rota marítima dos antepassados descobridores, contornou o continente africano pelo Cabo da Boa Esperança, com paragens no Senegal, África do Sul e Quénia, aportou em Bombaim, ancorou no Ceilão, arribou em Malaca, navegou até Macau, viajou por Taiwan e desembarcou em Nagasaki, no Japão.

Sobre duas rodas, cavalgando uma mota com o seu marido Christopher Gosden, um inglês também sedento de aventura, percorreu milhares de quilómetros desde Singapura, através da Malásia e da Tailândia, até ao Laos e Camboja.

Posteriormente, viveram e viajaram por terra durante um ano e meio, numa pequena caravana “pão de forma” VW, por todo o continente americano, desde o Canadá ao Chile, cruzaram a Argentina e fixaram-se no Brasil.

Para lá de todos os lugares que conheceu em quatro continentes, dos Alpes aos Andes, dos glaciares canadianos ao deserto de Atacama e à floresta amazónica, a autora morou em Salzburg, Colombo, Bangkok, Hong Kong, Tóquio, Porto Alegre e Rio de Janeiro, onde trabalhou em missões diplomáticas, empresas multinacionais, escolas e como tradutora free-lance.

Depois de regressar à sua terra, passou a residir perto de Alvor, com vista para o mar que tanto ama.

Foi a primeira agraciada com o Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes, instituído pela Câmara Municipal de Portimão, em 1999, com o conto A Viagem, e, depois disso, foi também premiada em 2002, com a novela O Legado de Mrs. Baker, e, em 2006, com o conto O sétimo dia.

Publicou ainda os romances Três Diários de Bordo em rota de naufrágio, em 2003, O dia não, em 2008, e Outrora eu era daqui, em 2017.

Comentários

pub