Algarve teve menos turistas em Julho e está «em queda desde Fevereiro»

Desde Fevereiro que a taxa de ocupação tem vindo a cair

A taxa de ocupação por quarto no Algarve foi de 84%, em Julho, menos 1,6 pontos percentuais (p.p) do que no mês homólogo de 2017, segundo dados acabados de revelar pela Associação Hotelaria de Portugal (AHP). 

A taxa de ocupação, quando comparada por zonas, foi superior no Barlavento (87%), face ao Sotavento (78%) e ao Algarve Centro (83%).

O ARR – preço médio por quarto ocupado – foi, em Julho deste ano, de 162 euros e o RevPar (preço médio por quarto disponível) aumentou 3%.

«Em termo de taxa de ocupação, este destino está em queda desde Fevereiro. Já em Julho de 2017 tinha registado uma quebra ligeira face ao mesmo mês de 2016», diz a AHP.

De acordo com o AHP Tourism Monitors, ferramenta de recolha de dados da Hotelaria nacional trabalhados todos os meses pela Associação da Hotelaria de Portugal, o mês de Julho registou, a nível nacional, uma taxa de ocupação de 80%, com os preços a crescerem a dois dígitos.

Durante esse mês, a taxa de ocupação quarto a nível nacional decresceu 2,3 pontos percentuais, fixando-se nos 80%.

Por destinos turísticos, Lisboa (87%), Açores (85%) e Algarve (84%) atingiram as taxas de ocupação mais elevadas. Em variação, Leiria/Fátima/Templários (menos 9,7 p.p.), Madeira (menos 9,2 p.p.) e Açores (menos 5,6 p.p.) registaram uma quebra significativa. De assinalar, também, a quebra da taxa de ocupação nas categorias cinco, quatro e três estrelas.

O ARR fixou-se nos 117 euros, mais 11% do que em igual período do ano passado, com o Algarve (162 euros) a registar a melhor performance, seguido do Estoril (131 euros) e de Lisboa (125 euros).

O RevPar registou um aumento de 12%, atingindo os 94 euros. Em termos relativos, destaque para Coimbra com um crescimento de 31%, seguido do Alentejo com 23% e de Lisboa com 19%.

Pelo segundo mês consecutivo, a categoria três estrelas foi a que registou um maior crescimento no ARR e RevPar, de 20% e 16%, respetivamente.

Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal, diz que «dos catorze destinos analisados pelo Hotel monitor, nove apresentaram resultados negativos na taxa de ocupação e um estagnou neste indicador».

«A boa notícia vem de um crescimento muito expressivo neste indicador nos destinos do interior neste mês. Nos destinos Sol e Mar esta queda já era prevista, com um mês de Julho frio, o mais frio desde 2000, levando a que parte dos mercados norte-europeus ficasse em casa».

«Destinos balneares em Espanha registaram idêntica performance. Há, no entanto, a sinalizar que o preço médio cresceu muito em todos os destinos em termos homólogos, situação que fez crescer o RevPAR, a nível nacional, em 12%», conclui.

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