3,8 milhões de euros vão reabilitar Estações Elevatórias de Águas Residuais de Faro e de Olhão

Infraestruturas integram os subsistemas que afluirão à futura ETAR de Faro-Olhão

As Estações Elevatórias de Águas Residuais (EEAR) de Faro e de Olhão vão ser reabilitadas, num investimento de cerca de 3,8 milhões de euros, anunciou hoje a empresa Águas do Algarve. 

A empreitada foi adjudicada esta quinta-feira, 30 de Agosto, à empresa Aquino Construções. A obra envolve a reabilitação de sete estações elevatórias de águas residuais situadas nos concelhos de Faro e de Olhão, que integram os subsistemas que afluirão à futura Estação de Tratamento de Águas Residuais de Faro-Olhão que se espera que seja inaugurada em Outubro.

As Estações Elevatórias de Águas Residuais a reabilitar foram integradas no Sistema Multimunicipal de Saneamento do Algarve, sendo que as infraestruturas situadas em Faro entraram em funcionamento no ano de 1999 e as do concelho de Olhão iniciaram a sua atividade em 1991.

«Após duas décadas de funcionamento, quer pelas deficiências existentes, quer pelo avançado estado de degradação que atualmente se constata e que é comum às sete estações elevatórias de águas residuais, torna-se necessário proceder-se às intervenções preconizadas no Projeto de Reabilitação das EEAR de Faro e de Olhão», justifica a empresa Águas do Algarve.

No concelho de Faro, as estações elevatórias a ser intervencionadas vão ser a da EVA, dos Bombeiros, de São Francisco, Ferragial e Final Lavadeiras.

Em Olhão, serão as estações elevatórias 11 de Março e do Mercado.

O Projeto de Reabilitação das EEAR de Faro e de Olhão foi elaborado pela empresa Ripórtico, no âmbito do contrato “Elaboração de Projetos e Processos de Concurso do Sistema Elevatório de Olhão e Reabilitação das Estações Elevatórias de Faro e Olhão”.

Algumas das intervenções a realizar passam pela substituição de equipamentos obsoletos e deteriorados que originam paragens do sistema e descargas no meio hídrico, a otimização do sistema de desodorização para resolver os problemas existentes e as reclamações recorrentes e a instalação de gerador de emergência para garantir a continuidade do serviço prestado.

Faz parte ainda das obras a otimização do sistema de gradagem com a instalação de novas grades com malha reduzida, bem como a substituição dos quadros elétricos existentes, que se encontram desatualizados e deteriorados pelo uso e ação do ambiente inerente ao local de instalação e dos equipamentos de elevação de cargas.

Também será feita a interligação das instalações com a telegestão do saneamento e a reabilitação dos arranjos exteriores para fazer face às intervenções.

O prazo de execução da empreitada é de 365 dias contados a partir da data da consignação até à data da receção provisória.

As obras têm algumas condicionantes. Por exemplo, entre o dia 1 de Junho a 30 de Setembro, não serão realizados trabalhos significativos nas Estações Elevatórias do Mercado e dos Bombeiros (Ciência Viva), uma vez que estão em localizações com grande impacto sazonal.

Já no período entre 1 de Junho a 15 de Novembro, não serão realizados trabalhos significativos na Estação Elevatória de São Francisco, em Faro, pela mesma razão.

Uma vez que as Estações Elevatórias Final (Lavadeiras) e Ferragial (IPJ), ambas situadas em Faro, são as instalações consideradas com maior urgência e compatíveis com as limitações anteriores, as obras terão início nestas instalações.

Com a construção da nova ETAR, parte significativa das águas residuais geradas na cidade de Faro vão deixar de ser tratadas na antiga ETAR de Faro Nascente. A outra parte das águas residuais produzidas na cidade de Olhão deixará, por sua vez, de ser tratada na ETAR de Olhão Poente.

«Estas infraestruturas de tratamento encontram-se subdimensionadas face às condições de afluência (qualitativa e quantitativa), assentando em sistemas de lagunagem, que se revelavam desadequados face aos níveis de qualidade agora exigidos para o efluente tratado a descarregar no meio recetor, nomeadamente a Ria Formosa», diz a Águas do Algarve.

Estas instalações de tratamento também tinham mau cheiro, em certas épocas do ano, «penalizando os estabelecimentos hoteleiros e habitações construídas nas proximidades das mesmas».

Por isso, a construção da ETAR Faro-Olhão e do Sistema Elevatório de Olhão-Faro é um «avultado investimento» da empresa, mas que quer contribuir para «uma melhoria significativa da qualidade de vida da população algarvia».

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