O dispositivo afeto ao combate a incêndios, no Algarve, vai ser reforçado com 86 operacionais, 23 viaturas e duas máquinas de rasto até às 24h00 de segunda-feira. Este é uma das medidas que serão tomadas, a nível regional, na sequência da declaração por parte do Governo do estado de calamidade pública preventivo, que levou ao acionamento dos planos emergência de âmbito distrital e municipal e à reunião dos diferentes entidades que compõem a Comissão Distrital da Proteção Civil.
«Na prática, vão ser quatro brigadas de combate a incêndios, com 23 veículos, que vamos pré-posicionar no Barranco do Velho, Alferce, Santa Catarina da Fonte do Bispo e Bensafrim. Isto é um reforço ao que já existe, que não será desmobilizado. Também teremos um grupo de reforço para incêndios florestais, que estará de prevenção aqui em Loulé, bem como um aumento de cinco equipas das forças armadas, que se vão juntar às que já estão em municípios que têm acordos com o exército», disse ao Sul Informação Jorge Botelho, o presidente da comissão que se reuniu esta tarde em Loulé.
Com esta medida, pretende-se ter «mais homens disponíveis e mais meios colocados antecipadamente no terreno, para uma vigilância especial neste período em que dura o estado de calamidade pública preventivo». O dispositivo adicional consegue-se «retirando meios de um conjunto de sítios e reposicionando-os para ajudarem na prevenção de fogos florestais».
O estado de calamidade pública preventivo, precisou o também presidente da Câmara de Tavira, está ativo «em todos os municípios do Algarve, com exceção dos de Lagoa, Albufeira, Faro, Olhão e VRSA», ou seja, em todos aqueles que entre as 14h00 de hoje e as 24h00 segunda-feira vão ter risco muito elevado ou máximo de incêndio, segundo a avaliação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
À reunião da Comissão Distrital de Proteção Civil seguem-se as das suas congéneres a nível municipal, para que cada autarquia. «Vamos emitir um comunicado com um conjunto de orientações aos municípios sobre o reforço de meios para maior operacionalidade da prevenção», revelou Jorge Botelho. Ou seja, quantos mais olhos houver na floresta algarvia, melhor.
Até segunda-feira, também as restrições a atividades e comportamentos na área abrangida pela calamidade pública preventiva são mais profundas. Entre elas está a «proibição de utilizar qualquer tipo de material pirotécnico ou fogo-de-artifício».
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