Fuzeta volta a ter o “Pé na Terra” ao som da música

Workshops de dança, mas também concertos, artesanato e gastronomia fazem mais um festival “Pé Na Terra” a realizar-se de 15 […]

Workshops de dança, mas também concertos, artesanato e gastronomia fazem mais um festival “Pé Na Terra” a realizar-se de 15 a 18 de Junho, na Zona Ribeirinha da Fuzeta.

O certame «promove um intercâmbio cultural e musical entre grupos e artistas de Portugal, Brasil e África», segundo a União de Freguesias de Moncarapacho e Fuzeta, que apoia o festival.

Sob o lema “Já me sinto lá”, musicalmente o evento abre com Roberta Espinosa, que convida Sambê, e com o grupo Luso Baião (15 Junho), seguindo-se “Os 4 Mensageiros” e “Fernando Anitelli” (16), “Terra Livre” e Diego Oliveira (17), encerrando com “Samba sem Fronteiras”, “Semente de Iroko”, “Coco da Gente” e “Trio Xamego” (18).

O cabeça de cartaz é Fernando Anitelli, apresentando o “Teatro Mágico”, um projeto que mistura arte circense, cultura, poesia e música.

«Tendo origens e raízes nas culturas populares portuguesa e africana, a cultura popular brasileira apresenta semelhanças nos sons, nas danças e nos instrumentos que remetem às origens da colonização portuguesa e à mistura dos dois povos», diz aquela União de Freguesias.

Estes serão dias «em que pessoas dos quatro cantos do mundo» vão descobrir «ao som da música, os encantos da ilha, da gastronomia e da tão calorosa e peculiar população da Fuzeta».

No certame haverá também um “Espaço Criança” .

As entradas para o festival, organizado pela Associação Danças da Terra, são gratuitas para os residentes na União das Freguesias de Moncarapacho e Fuzeta.

 

Conheça as biografias de alguns dos artistas presentes:

 

Roberta Espinosa:

Misture jazz, ciranda, funk e ijexá, e coloque no mesmo samba. Esse é o som de Roberta Espinosa. Na infância, a carioca nascida em 1986 ouviu Tim Maia e Paulinho da Viola, influenciada pelo pai; pelos agudos afinados da mãe, os sambas gravados por Elis Regina. Cantora, compositora e atriz, Roberta Espinosa cursou o “Teatro Tablado” durante quatro anos. Começou a cantar em peças musicais aos 16 anos. Trabalhou em “Raul: Metamorfose Ambulante”, no Teatro Ipanema, em 2003.

Dos palcos saltou para as rodas de samba, com participação especial em O Samba do Trabalhador, com Moacyr Luz, Galo Cantô, Casuarina, entre outras. Participou ainda em shows de diversos grupos e cantores, como Trilogia Carioca e Ana Costa e Elisa Addor. Atuou ainda no Softel e Othon Palace, no Rio de Janeiro, ao lado do compositor Otávio Santos (piano).

 

Luso Baião:

Luso Baião é uma banda formada por músicos brasileiros e portugueses, tendo surgido na cidade de Lisboa em Março de 2013, com o intuito de dar primazia ao património musical entre Portugal e Brasil, sendo constituído por Cícero Mateus (vocal e guitarra), Betinho Mateus (vocal, triângulo e percussão), Enrique Matos (zabumba e coro), e Ivo Dias (baixo e coro).

Nomes célebres da música brasileira como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro e Gilberto Gil são as grandes influências dos Luso Baião, porém releituras de cantores e instrumentistas portugueses como Sérgio Godinho e Rão Kyao também estão presentes no repertório da banda. Nas suas músicas deixam claro o seu toque de originalidade, com fusões bem concebidas de ritmos presentes no Forró, como o Xote, Xaxado, Arrasta-pé e Baião ritmo, que nasce do casamento entre o Fado e o Maracatu, com pitadas de Reggae, Rock, Samba, Côco.

 

Fernando Anitelli:

Fernando Anitelli é um músico, compositor, ator e o responsável pela criação do “Teatro Mágico”, projeto inspirado no livro do escritor alemão Hermann Hesse, denominado “O lobo da estepe”.

É formado em Comunicação Social e, logo no início da faculdade, formou uma banda chamada “Madalena 19”, que foi a sua primeira experiência como músico. Fernando Anitelli também foi ator, trabalhando com diretores como Oswaldo Montenegro e Ismael Araújo.

O “Teatro Mágico” é uma mistura de circo, poesia, discussões políticas, e música e que debate temas relacionados com a arte e cultura. Atualmente, Fernando Anitelli tem um novo projeto denominado “Fernando Anitelli Trio”.

 

Terra Livre:

Celebrando à volta do fogo sagrado, em harmonia com os ritmos da natureza, nasceu um novo projeto musical: Terra Livre. Num caldeirão de sons do mundo, com raízes no reggae/dub, gnawa, afrobeat, e até soukous, Terra Livre expressa a voz da semente que quer germinar e crescer, canta o sopro do vento ou a melodia da água a fluir.

Tendo origem em Sintra, o grupo é constituído pelos seguintes membros: Adriano Pereira (Clarinete, Flauta Transversal, Voz), Gonçalo Sarmento (Guitarra, Saxofone, Kora, Voz), Leonardo Marsh (Guitarra, Voz), Pedro Pereira (Baixo), Rodrigo Marsh (Teclado, Guitarra, Voz) e Tiago Santos(Bateria).

 

Semente de Iroko:

Formado em França, em Fevereiro de 2015, o grupo Semente de Iroko (semente da árvore sagrada) tem raiz na tradição afro-brasileira do afoxé, musica tradicional do nordeste do Brasil (Recife, Olinda, Salvador da Bahia).

Composto por pessoas apaixonadas pela cultura popular afro-brasileira, este grupo musical apresenta um repertório variado e eclético, inspirado pelos grandes nomes afoxés, como Oxum Panda ou Alafim Oyo, mas também por grandes artistas brasileiros.

A proposta do grupo Semente de Irôko é fazer descobrir esta cultura através de vários ritmos do ijexa até aos ritmos mais tradicionais do candomblé, com o objetivo de popularizar esta arte, com um repertório melódico variado e festivo.

 

Trio Xamego:

Canta o coração, une o tradicional ao contemporâneo. Fala de amor tornando latente o sentimento a cada batida da zabumba. Mescla experiência e juventude, o compasso cadenciado com o sentimento na ação. São trinta anos de história traduzidos em compasso, cadência e sentimento.

Desde 1982, Dió de Araújo, fundador do trio, zabumba e voz, unido a Zequinha no triângulo e Joãozinho na sanfona, deram início à trajetória do trio que dava voz à cultura do Nordeste do Brasil. Muitos músicos passaram pelo trio, como Chiquinho Alves, Quim de Oli, Zé Almeida entre outros até chegar a formação atual: Dió, Demétrios e Felipe de Araújo.

Dió de Araújo tocou com nomes da música brasileira como o rei Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Gilberto Gil, Maria Betânia entre tantos outros. Atualmente e no forró, estão entre os trios mais conceituados do Brasil.

 

Coco da Gente:

Em 2013 nasceu o Coco da Gente, grupo idealizado pelo percussionista Pedro Campolina, e que mescla a musicalidade afro-indígena do côco, com o sapateado, samba de roda e ciranda com muita alegria, fazendo com que os shows sejam envolventes e animados, motivando sempre a participação direta do público.

O repertório da banda é composto por canções originais e do repertório dos grandes nomes da cultura popular brasileira, como Selma do Coco, Lia de Itamaracá, Luiz Gonzaga, Verdelinho, Pacheco e Dona Zeza. Além de se apresentar em festivais e casas de espetáculos, o grupo faz questão de continuar a realizar apresentações na rua, que é a casa da cultura popular.

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